Governo se reuniu com deputados para explicar orçamento em R$ 30 bi; votação ocorre este ano
O secretário-chefe da Casa Civil Rogério Gallo e a equipe técnica da Fazenda garantiram aos deputados estaduais, nesta quarta-feira (26), que o Orçamento de 2023 não está subestimado, ao contrário do que dizem alguns parlamentares.
A peça – que deve ser votada ainda este ano pelos deputados – prevê um orçamento R$ 30 bilhões para o próximo ano.
Em reunião com o presidente da Casa, Eduardo Botelho (União), o líder do Governo Dilmar Dal Bosco (União) e o deputado Carlos Avallone (PSDB), Gallo explicou que a peça trata com prudência as perdas orçamentárias geradas pela queda de arrecadação do ICMS aprovada no Congresso em meados deste ano.
Segundo o Governo de Mato Grosso, apenas em no mês de setembro a redução da receita com o ICMS chegou a 22,84% comparado ao mesmo período do ano anterior.
“Explicamos a eles – de forma técnica – que a projeção de receita está em linha com as perspectivas que temos para o ano seguinte, e também com os impactos que tivemos de leis aprovadas no Congresso Nacional, que desoneraram os combustíveis e a energia elétrica”, disse Gallo.
“Isso tem o potencial de causar um impacto grande. Já causou nos meses de agosto e setembro. Arrecadamos valores inferiores ao que foi no ano passado. E isso foi considerado para o ano que vem”, completou.
Gallo ainda apontou a preocupação do Governo com a hipótese de uma crise econômica internacional ter reflexos na economia brasileira e, por consequência, respingar em Mato Grosso.
Ele cita os reflexos da pandemia do coronavírus e da guerra na Ucrânia, que já dura oito meses.
“Além de um cenário de crise internacional, há um baixo crescimento nos EUA e Europa em função do rebote da pandemia e da Guerra da Rússia com a Ucrânia. Problema de inflação e juros altos lá, e baixo crescimento. Isso leva a menos investimentos. E isso pode causar algum impacto econômico no Brasil no ano de 2023. Todos esses fatores foram considerados”, explicou.
Possível revisão
À imprensa, Botelho afirmou que Gallo – que já atuou na secretaria da Fazenda – disse que poderá rever o montante no ano que vem.
“Não aumentou o valor do Orçamento. […] Ele admite uma revisão orçamentária no ano que vem, mas agora não”, disse.
Fonte: www.midianews.com.br