A unidade, em Pontes e Lacerda, inova no ensino-aprendizagem por meio do Projeto ‘A Utilização de Material Concreto no Plano de Intervenção Pedagógica’
Como resolver as dificuldades de aprendizado dos meus alunos? Essa é uma pergunta que provavelmente todo profissional da Educação já se fez. E ela pode ser respondida de formas diferentes. No caso da Escola Estadual Mario Spinelli, em Pontes e Lacerda, a resposta veio por meio da utilização de Material Concreto no Plano de Intervenção Pedagógica.
Foi como unir o útil ao agradável. O material concreto desenvolve o raciocínio do estudante estimulando o pensamento lógico na construção de esquemas conceituais, dando contornos e significados. Já a intervenção pedagógica é fundamental no processo de ensino-aprendizagem. Aumenta a capacidade de aprendizados e o engajamento dos professores nas aulas.
Sabendo que é por meio dessas interações com o meio físico e social que a criança constrói seu conhecimento, o Projeto Político Pedagógico (PPP) da unidade escolar tornou viável ao projeto ‘A utilização de Material Concreto no Plano de Intervenção Pedagógica’, idealizado pelas professoras Sandra Marcia, Patrícia Dantas e Délia Ferreira.
Ao trabalhar com o material nas aulas de Língua Portuguesa, com a turma do 7º Ano D, os estudantes gostaram tanto da novidade que até pediram para levar o material para suas casas. Na avaliação do professor de Língua Portuguesa, Vagner Braz, o projeto desenvolvido pelas professoras é um gesto de amor e resistência pela educação pública de qualidade. “Estou muito feliz com o desempenho e com a prática desse projeto maravilhoso”, disse.
A professora Luzielha de Almeida Xavier, que atua no Laboratório de Aprendizagem de Língua Portuguesa, avalia que o projeto faz com que os estudantes estimulem o raciocínio por meio de interações com o meio físico e social. “Essa estratégia metodológica auxilia os professores a tornarem as aulas mais dinâmicas e significantes para os estudantes”.
A autora do projeto, professora Sandra Márcia V. D. Paulo, ministra aulas de Matemática desde 2001, já atuou na coordenação pedagógica por três anos e durante os anos de 2016 a janeiro de 2022 foi formadora do Cefapro-PL. Essa experiência foi fundamental para desenvolver o projeto, visando colaborar e dar suporte aos professores, produzindo a maioria dos materiais concretos com o reaproveitamento de materiais descartados. “O projeto foi apresentado à gestão escolar e recebemos o suporte para a realização. Agora, vamos continuar colhendo os frutos”, comentou Sandra.
A professora Patrícia Aparecida Dantas é coautora do projeto e também acumula 16 anos de experiência em sala de aula. Baseando-se na perda da aprendizagem nos dois anos de pandemia da Covid-19, além do diagnóstico a partir dos resultados obtidos nas avaliações internas e externas, ela também aceitou o desafio e hoje comemora. “A nossa intenção foi colaborar com os professores no processo de ensino-aprendizagem em sala de aula e agora vemos que os resultados são de encher os olhos”, analisou.
“O projeto é uma motivação. Por meio do lúdico é que as crianças, principalmente as que têm alguma dificuldade nas aprendizagens, podem agregar conhecimentos. Acredito que a aprendizagem acontece com o material lúdico, concreto, quando você apresenta e a criança manipula o material pondo em prática o desenvolvimento cognitivo, lógico e motor”, finalizou a professora Délia de Souza Ferreira, que também é coautora do projeto.
Rui Matos Seduc-MT
Foto por: assessoria