A medida segue recomendação da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM), após surto na primavera de 2021/2022
O Brasil enfrentou um aumento incomum em casos de gripe no fim de 2021, até o início de 2022, pois nesse período diversos fatores colaboraram para o aumento dos índices, um deles foi a baixa adesão vacinal, principalmente dos grupos considerados de risco, como idosos, crianças menores de gestantes, puérperas, entre outros. Outro fator foi o surgimento de uma nova cepa, a H3N2 Darwin.
Em 2021, a cobertura vacinal contra a influenza foi de 71,2%. Já em 2019, o número atingiu 91%. Isso, aliado à flexibilização das medidas sanitárias que haviam sido instauradas durante a pandemia da covid-19, fez com que o vírus se espalhasse com maior facilidade. O surto no período foi da gripe H3N2 “Darwin”, uma cepa descoberta que causou epidemia no hemisfério Norte, antes de chegar ao Brasil, da qual o lote da vacina da gripe para a campanha do ano não tinha cobertura para essa variante.
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Nesse cenário, não é incomum o país estar sob ameaça de um novo surto que, pode ser evitado se os devidos cuidados forem tomados e as medidas de prevenção serem seguidas, tal qual a vacinação, principalmente em grupos de indivíduos com risco de complicações após a infecção pelo vírus influenza, incluindo síndrome respiratória aguda grave e óbito, como idosos e pessoas com comprometimento do sistema imunológico.
No entanto, mesmo que a vacina tenha a capacidade de reduzir o impacto da doença, a duração da proteção é curta e precisa ser reforçada todos os anos. Em idosos e imunocomprometidos, esse ‘prazo’ pode diminuir para até, em média, seis meses após a vacinação. E por não haver, ainda, imunizantes com maior duração de proteção, a campanha de vacinação contra influenza 2022/2023 recomenda duas doses da vacina da gripe para esse grupo.
Em nota técnica, a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM) sugere essa medida para aumento da proteção e de anticorpos desse grupo de risco, em casos de situação epidemiológica de risco, uma vez que as chances de agravamento da doença nesse público aumentam. Todavia, a recomendação não é válida para qualquer pessoa, ela contemplará apenas idosos (+60 anos), pessoas com comprometimento do sistema imunológico e menores de 9 anos na primovacinação.
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Fonte: reportermt.com