Ações do ‘pacote Lula’ disparam no Ibovespa em setembro; é hora de comprar?

Analistas apontam que papéis de construtoras e educação são grandes beneficiadas por gestão do petista (Imagem: REUTERS/Carla Carniel)

As ações que ganham com um eventual Governo Lula lideraram as altas do Ibovespa, que encerrou o mês em estabilidade.

Apesar da melhora do cenário macro aqui no Brasil, como o controle da inflação e o fim do ciclo dos juros, no exterior a situação foi diferente, com bolsas globais despencando em um cenário de recessão cada vez mais próximo.

Pacote Lula

Analistas apontam que papéis de construtoras e educação são grandes beneficiadas por uma possível gestão do petista.

A Guide lembra o programa de governo indica a volta do Minha Casa, Minha Vida (atualmente sob o nome de Casa Verde Amarela), aumento real do salário mínimo, ampliação do Bolsa Família e distribuição de alimentos para famílias de baixa renda (programa Brasil Sem Fome).

“É importante lembrar que estes setores estiveram entre os que mais se valorizaram entre o segundo governo Lula e o primeiro mandato de Dilma. Ou seja, a experiência passada indica que os investidores deveriam olhar com mais atenção estes setores”, argumenta.

Ainda segundo a Guide, a “cesta Lula” avançou nos últimos dias. O movimento, disse, indica que o mercado “aparentemente” está precificando a vitória do ex-presidente – em linha com a tendência apresentada pelas principais pesquisas de intenção de voto.

“Desde meados de setembro, o gap [entre os papéis que podem ser beneficiados com a vitória do petista e as ações que subiriam com a reeleição de Bolsonaro] abriu bastante”, disse o analista.

Siqueira pondera que é melhor esperar segunda-feira, depois do primeiro turno, para se posicionar. “[Haverá] menos retorno provavelmente, mas muito menos risco”, afirmou.

Já a Genial Investimentos diz que os investidores devem priorizar ações que se beneficiam de juros altos.

Nesse cenário, a corretora recomenda cases defensivos, expostos aos programas setoriais que devem ser fortalecidos, ou exportadoras que devem se beneficiar da desvalorização do real e com receitas que não dependem das condições do mercado interno.