O líder do bloco independente da Câmara dos Vereadores de Cuiabá, Demilson Nogueira (PP), vai votar contra a cassação do vereador tenente coronel Marcos Paccola (Republicanos), na quarta-feira (28), durante sessão extraordinária. O parlamentar responde ao processo disciplinar por ter assassinado, com 3 tiros, o agente do Sistema Socioeducativo Alexandre Miyagawa de Barros, 41 anos. O policial deverá ser cassado.
A tendência é que os outros dois integrantes do grupo, Paulo Peixe (Republicanos) e Sargento Joelson (PSB), também sigam o progressista e votem pela permanência do policial militar.
Paccola deverá também ter o apoio dos vereadores de oposição Michelly Alencar (União), Dilemário Alencar (Podemos) e Fellipe Corrêa (Cidadania). O militar tem direito a voto.
Por outro lado, os parlamentares da situação, que são maioria, deverão votar pela perda do mandato do republicano, o que prejudicaria a campanha do policial à Assembleia Legislativa (ALMT).
Sessão marcada
A sessão extraordinária foi marcada pelo presidente da Câmara dos Vereadores de Cuiabá, Juca do Guaraná Filho (MDB).
A sessão foi marcada depois que o emedebista recebeu o parecer do relator da Comissão de Ética de Decoro Parlamentar, Kassio Coelho (Patriota). O parecer foi favorável à cassação do policial militar.
Na sessão desta terça-feira (27), o presidente da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, Lilo Pinheiro (PDT), protocolará o parecer na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR). Para seguir o regimento interno, o presidente Chico 2000 (PL) encaminhará o documento a Juca. O pedido de cassação foi feito pela vereadora Edna Sampaio (PT).
Conforme apurou a reportagem, a tendência é que os parlamentares cassem o mandato de Paccola, o que prejudicaria a campanha eleitoral de Paccola.
Além disso, pesa o fato de Paccola ser o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá (SMS).