A Justiça acatou a denúncia do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) contra o bolsonarista Rafael Silva de Oliveira, 24, pelo assassinato de Benedito Cardoso dos Santos, 42, durante uma discussão política em Confresa (1.160 km de Cuiabá).
Conforme o MP, Rafael agiu por motivo fútil já que houve um desentendimento e ainda solicitou um exame de insanidade mental, visto que “existem elementos que indicam dúvida sobre a eventual integridade mental do acusado”.
A defesa chegou a pedir a internação compulsória afirmando que o bolsonarista tem problemas psiquiátricos causados pela esquizofrênia, faz uso de medicamento e apresenta atitudes “agressivas e descontroladas”. A solicitação, no entanto, foi negada.
Ao receber a peça acusatória, o juiz substituto Carlos Eduardo Pinho Bezerra de Menezes determinou que Rafael seja submetido a avaliação “já que restam dúvidas a respeito da integridade mental” do réu.
“Conforme demonstrado na cota ministerial, subsidiado também nas declarações colhidas no bojo do inquérito policial, verifico a existência de dúvidas a respeito da integridade mental do acusado, que somente poderá ser atestada através de procedimento próprio, facultando a apresentação de quesitos e com a devida conclusão de um médico especialistaexame de insanidade mental”, disse.
Ao final, o magistrado suspendeu o processo até que o resultado dos exames sejam apresentados. “Na forma do § 2º do aludido artigo 149, suspendo o processo, o que será certificado, até a solução do inciden”, disse.
O caso
O crime ocorreu em uma fábrica de cerâmica onde vítima e suspeito trabalhavam. Por briga política, o criminoso, apoiador de Bolsonaro, atacou o lulista com cerca de 15 facadas e ainda tentou decapitá-lo com um machado, no dia 7 de setembro.
Ele foi preso em flagrante e segue e recluso, cumprindo prisão preventiva.
Fonte: gazetadigital