Por Iúri Medeiros
O Santos pode tirar pontos positivos e lições da derrota por 1 a 0 para o Palmeiras no último domingo, no Allianz Parque. A equipe do técnico interino Orlando Ribeiro competiu contra o rival, mas não conseguiu evitar o resultado negativo.
Começando pela parte boa, o Santos fez um jogo interessante em grande parte do tempo. A equipe soube se defender e conseguiu boas estocadas ao ataque, especialmente com Soteldo. O venezuelano, inclusive, se adaptou bem à nova função, atuando como meia-central em um 4-2-3-1.
Diferentemente do que normalmente acontece no Allianz, o Palmeiras não conseguiu imprimir um ritmo alucinante, que normalmente gera gols nos primeiros minutos de jogo. O Santos teve controle e qualidade técnica para competir, o que é destacável tendo em vista que Orlando Ribeiro teve apenas uma semana de contato com os atletas.
O segundo tempo, porém, ajudou a mostrar como Palmeiras e Santos estão distantes como time. O cenário parecia ser todo a favor para o Peixe com a expulsão de Danilo, aos 15 minutos. Orlando sentiu isso e colocou em campo Carlos Sánchez na vaga de Vinicius Zanocelo e Ângelo no lugar de Lucas Braga.
No entanto, o que se viu foi o Palmeiras melhorar com um homem a menos, aproveitando os espaços cedidos pelo Santos, que naturalmente se lançou mais ao ataque em busca do gol da vitória.
O clássico virou a famosa “trocação”, com os dois times tendo chance de marcar. A diferença está na eficiência do Palmeiras e, principalmente, na mentalidade vencedora que Abel Ferreira conseguiu estabelecer no clube. Para o Verdão, o triunfo é inegociável, mesmo nas maiores adversidades possíveis.
O Santos, mesmo jogando bem, não consegue fazer com que o santista imagine uma vitória no Allianz Parque. O goleiro João Paulo falou sobre isso após a partida.
“Não é a primeira mudança de treinador (saída de Lisca). Nossa postura tem que mudar, não podemos nos acostumar com a derrota, temos que nos acostumar a vencer, jogamos no Santos. Precisamos voltar a vencer de qualquer jeito”,
disse o goleiro após a partida.
O Santos possui três derrotas seguidas no Campeonato Brasileiro e está na 11ª colocação, com 34 pontos. A equipe não vence uma partida há cinco rodadas na liga nacional e já começa a ligar o alerta para uma possível luta contra o rebaixamento.
Enquanto o clube não tiver uma gestão que olhe para o campo e bola, com planejamento e diretrizes claras, é difícil imaginar um Peixe que almeje coisas grandes. Para se ter uma ideia, o Santos não anunciou um novo executivo de futebol desde a saída de Newton Drummond, que deixou o cargo há um mês.
A realidade mostra um Santos acostumado e “cômodo” com a mediocridade, algo que não pode acontecer com um clube deste tamanho.
Do outro lado, o Palmeiras testa os próprios limites e consegue vitórias “ao natural”, por hierarquia, como muitos falam. O Verdão ter vencido o Santos nos últimos sete compromissos diretos não é coincidência.
Fonte: www.gazetaesportiva.com
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