A investigação havia sido instaurada por determinação do próprio Tribunal de Justiça
A delegada Ana Cristina Feldner esteve à frente da força-tarefa
A Polícia Civil, por meio da Força-Tarefa que apura as escutas ilegais no Estado de Mato Grosso, conhecida como “Grampolândia Pantaneira”, encaminhou ao Poder Judiciário, nesta quarta-feira (31), o inquérito policial nº 046/2017.
O inquérito foi instaurado, por determinação do Tribunal de Justiça, para apurar eventual conduta dolosa de magistrados mato-grossenses no deferimento ilegal de interceptações telefônicas, previstas no artigo 10 da Lei 9296/96.
As investigações apuraram fatos ocorridos entre janeiro de 2014 e junho de 2017, resultando em aproximadamente 178 mil páginas, entre físicas e digitais. Foram cerca de 52 mil interceptações telefônicas feitas neste período.
Os trabalhos, coordenados pela delegada Ana Cristina Feldner, deram-se por delegação da Corregedoria Geral do Tribunal de Justiça, que garantiu à Força-Tarefa total independência funcional, imparcialidade e técnica, fatores indispensáveis para conclusão do Inquérito Policial.
A reportagem apurou que as investigações concluíram pelo não arquivamento do caso.
A assessoria de imprensa da Polícia Civil não informou os nomes dos magistrados alvos da investigação. A reportagem não conseguiu contato com a delegada Ana Cristina Feldner.