Rock in Rio: Lembre shows inusitados, como dos repentistas Caju e Castanha

Rock in Rio: Lembre shows inusitados, como dos repentistas Caju e Castanha
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Ao longo de 37 anos de história, o Rock In Rio contou com diversos shows inesperados em seu palco. Relembre alguns abaixo.

Caju e Castanha (2001)

A dupla de repentistas foi convidada pelo grupo O Surto para fazer a abertura de sua apresentação no Rock In Rio 2001. Com um pandeiro nas mãos, os dois cantaram versos como “Hoje é domingo/Pede cachimbo/O cachimbo é de ouro/Bate no couro/Mas o touro é valente/Bate na gente”, enquanto ouviam sonoras vaias.

Em entrevista ao podcast After, em 2021, Caju falou sobre o episódio, relembrando que “tremia” antes de entrar no palco pois, dias antes, Carlinhos Brown havia sido hostilizado pelo público, na conhecida ‘chuva de garrafas’.

“Um produtor americano disse: ‘É o seguinte: vocês vão entrar, e na hora que entrarem, vão levar uma vaia muito grande, porque tem 500 mil pessoas’. Já pensou o cara dizer isso pra você? ‘Mas vocês continuam cantando, que depois dessa vai vai acalmar e aí vocês vão levar uma pedrada na testa cada um [Risos]. Mas vocês continuam, não para, não!'”, relembrou o músico.

O Surto (2001)

A própria apresentação do grupo O Surto merece uma menção especial: chamados para participar do palco principal do festival após a recusa de diversas bandas brasileiras, tocaram mais de uma vez seu único hit da época, A Cera (“Um rosto lindo e um sorriso encantador/E um jeitinho de falar que me pirou/Que me pirou o cabeção”).

Completaram o setlist fazendo covers de artistas como Limp Bizkit, Raimundos, Bob Marley e até uma bizarra versão de Californication, do Red Hot Chilli Peppers, chamada Triste Mas Eu Não Me Queixo.

Escola de samba Mangueira (1991)

No famoso dia em que Lobão abandonou o palco do Rock In Rio, irritado com o público, que atirava diversos objetos no palco, e com a produção do evento que, segundo ele, privilegiava artistas internacionais, a surpresa que encerraria sua apresentação foi acionada às pressas para enfrentar uma multidão de rockeiros revoltados: a bateria da Mangueira, com seus pomposos trajes coloridos e carnavalescos. Tudo isso entre um show do Sepultura e outro do Megadeth.

Gloria (2011)

A banda Gloria conseguiu um lugar no lineup que incluía Coheed and Cambria, Slipknot, Motörhead e Metallica. Apesar do som pesado, parte do público atrelava-os ao estilo emo, que tinha virado febre no Brasil anos antes, e não era exatamente bem visto pelos metaleiros. Além disso, naquele ano, o Sepultura havia sido escalado para um palco alternativo, deixando muitos fãs inconformados.

Diante de vaias quase certas, os músicos precisaram se virar. Em entrevista ao Pop Podcast, em 2021, o vocalista Mi Vieira contou que o grupo foi xingado durante uma passagem de som, e decidiu fazer um plano para evitar que o público explicitasse seu descontentamento: entrar rapidamente no palco, cantando três músicas em seguida. Logo depois, emendaram covers do grupo de metal Pantera e um solo do baterista Eloy Casagrande. As vaias não duraram muito e acabou dando tudo certo.

Ivan Lins (1985)

“Até Ivan Lins – cuja participação no evento deu margem a uma série de manifestações de desagrado e a um sem número de piadas – foi extremamente bem recebido pelo público”, dizia uma reportagem publicada no Estadão fazendo um balanço sobre a primeira edição da história do festival.

À época, parte do público considerava que o estilo musical do cantor e compositor não encaixaria bem com a ideia do Rock In Rio. O público que foi, porém, gostou e cantou junto em algumas músicas.

Fonte:  msn.com


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