A Amazônia é peça-chave para combater as mudanças climáticas e o mundo todo está preocupado com isso. Com razão. A maior floresta tropical do planeta tem papel fundamental na regulação do Clima e das chuvas e sua enorme quantidade de árvores absorve toneladas de carbono por ano. O que muita gente não sabe é que, para além da questão ambiental, a região é fundamental para o desenvolvimento econômico do Brasil e pode nos ajudar a sair da crise na qual nos encontramos.
A Amazônia Legal representa 59% do território nacional, numa área que engloba nove estados (Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão). Lá vivem mais de 28,3 milhões de habitantes, 13% da população brasileira.
Os números deixam clara a relevância da região para todo o território nacional. Além disso, o que acontece lá influencia em todo o país. Tomemos como exemplo a segurança. Um estudo divulgado pelo Instituto Igarapé, acaba de mostrar que a rede de crime ambiental que atua na região desenvolvendo atividades como extração irregular de madeira, grilagem de terras e garimpo ilegal, tem ramificações em todo o país. A análise de operações da polícia federal encontrou pessoas envolvidas em 254 cidades de 24 estados.
Amazônia no centro
Mas, para além das consequências da destruição da floresta, a Amazônia deveria estar no centro do debate eleitoral de 2022, por conta de seu enorme potencial de iniciativas de desenvolvimento sustentável. É essa a proposta da Campanha Amazônia no Centro, uma iniciativa formada por um consórcio de projetos, que tem como objetivo ressaltar a importância da Amazônia Legal para o desenvolvimento econômico do Brasil.
A Amazônia no Centro quer trazer a Amazônia para o debate sócio-político, não como tema secundário ou acessório, mas como tema central. O foco é possibilitar o desenvolvimento da região em todas as áreas, incluindo educação, segurança, tecnologia e emprego, entre outras. E de maneira sustentável, incentivando não só o potencial econômico, mas também o valor agregado da floresta em pé.
A campanha chama os eleitores a pensarem nisso na hora de escolherem seus candidatos, fazendo um voto consciente e responsável. Todos precisamos analisar o que dizem os candidatos, não só à presidência, mas também ao legislativo, avaliando se eles têm propostas efetivas em defesa da Amazônia e de seu crescimento econômico sustentável.
O Brasil já ocupou posição de destaque internacional em questões ambientais, inclusive recuperando áreas significativas da Floresta Amazônica, entre os anos de 2004 e 2012. Essa reputação foi perdida nos últimos anos, mas podemos recuperá-la. E, com o nosso protagonismo de volta, também vamos gerar impactos positivos não só ao meio ambiente, mas também a outras áreas, contribuindo para a diminuição da violência no campo e trazendo benefícios para a economia local e nacional, como mostra uma pesquisa recente do Amazônia 2030.
O manifesto do Amazônia no Centro ressalta que “trazer a floresta para o centro do debate é crucial para que milhares de oportunidades sejam vistas e aproveitadas, gerando riqueza sem destruição”.
Com isso, os brasileiros e brasileiras vão poder escolher candidatos que priorizem pautas verdes e que apoiem as pessoas e instituições que fiscalizam o que acontece na Amazônia Legal. Assim, além de mais lucro sustentável, o Brasil vai poder proporcionar melhor qualidade de vida para os brasileiros, mesmo os que vivem em outras regiões.
Fonte: cenariomt.com.br