O petista Nilton Macedo preside a Fetagri-MT e foi formalmente denunciado por servidoras da entidade
O deputado federal Neri Geller (PP), candidato ao Senado, definiu, nesta segunda-feira (1), o petista Nilton Macedo como segundo suplente de sua chapa.
Ele é presidente da Fetagri-MT (Federação dos Trabalhadores na Agricultura).
Macedo é alvo de acusações de assédio sexual, moral e supostos desvios financeiros da ordem de R$ 1 milhão na entidade.
As denúncias foram formalizadas, em julho passado, por meio de uma representação no Ministério Público do Trabalho (MPT), assinada pela secretária-geral da Fetagri-MT, Marilza Reis Moraes Silva, e a membro do Conselho Fiscal da Federação, Leudislene da Silveira Fraga.
No documento, elas apontaram 20 supostas irregularidades administrativas, financeiras e morais cometidas pelo presidente.
Segundo o documento, Nilton foi denunciado internamente dentro do movimento sindical, inclusive com pedido de devolução no valor de R$ 255 mil.
O relatório oficial do auditor da Confederação Nacional da Agricultura (Contag), no entanto, conforme a denúncia, demonstrou o rombo não explicado nas contas da Fetagri/MT na ordem R$ 1 milhão.
“Ele arquitetou, manipulou e comandou uma assembleia com alguns sindicatos para o absolverem sem dar explicações desse rombo milionário nessa assembleia cheia de irregularidades gritantes e corrompida”, diz trecho da denúncia.
A denúncia aponta que o presidente ainda teria vendido patrimônio físico da entidade abaixo dos valores de mercado, como carros e terrenos.
O documento também acusa Nilton de praticar nepotismo cruzado, fazer uso indevido de veículos da entidade, além de não realizar as prestações de contas da Federação.
Assédio sexual e moral
A denúncia relata também que ele teria assediado sexualmente funcionárias da entidade.
Uma das vítimas seria uma recepcionista, que, segundo consta no documento, teria sido demitida por Nilton para tentar esconder o crime.
Conforme o documento, há diálogos em aplicativo de celular que comprovam o suposto assédio sexual.
“A vítima, agora depois de não conseguir mais aturar e se libertar psicologicamente do trauma sofrido está disposta a dar seu depoimento para fins das medidas cabíveis”, diz a denúncia.
O documento ainda relata supostos episódios de assédio moral praticado explicitamente contra as denunciantes com ameaças de expulsão do movimento sindical e real afastamento provisório das funções com o corte das gratificações mensais.
“Perseguição implacável contra as denunciantes na intenção de expulsá-las da entidade com a justificativa ilegal de que elas teriam inventado mentiras sobre um rombo de R$ 255 mil na gestão do presidente”, diz outro trecho da denúncia.
Fonte: midianews.com.br