O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), comunicou o deputado federal José Medeiros (PL), que não aceita a proposta do governador Mauro Mendes (União) de palanque aberto para o Senado, e que poderá lançar uma candidatura ao governo em Mato Grosso. Bolsonaro não tem gostado das movimentações de Mauro Mendes, após um pré-acordo feito por ambos em março deste ano. Diante disso, Bolsonaro sinalizou para que a sigla construa outras alternativas ao governo Mendes.
Segundo o deputado José Medeiros, uma das possibilidades seria até uma aliança com o PTB, para que o presidente licenciado da Aprosoja Brasil, Antônio Galvan, recue da pré-candidatura ao Senado, e dispute o governo do Estado, com Wellington Fagundes (PL) ao Senado.
“Essa composição com o PTB seria muito interessante, porque o Galvan tem bem essa cara do público do presidente Bolsonaro. E isso seria muito importante para a candidatura do Wellington Fagundes pegar bem esse verniz. Porque é muito pouco tempo pra ele pegar identificação com esse público”, disse Medeiros na rádio Capital FM.
Medeiros também revelou que a sigla poderá lançar candidatura própria ao governo do Estado. Entre os nomes estão do próprio Medeiros, do deputado Nelson Barbudo, da coronel Fernanda e do coordenador da campanha de Bolsonaro em Mato Grosso, o empresário Reinaldo Moraes, conhecido como o ‘Rei do Porco’.
Medeiros afirmou ainda que existe tempo suficiente para a construção de uma candidatura própria ao governo, já que Mendes enfrentaria resistência em vários setores da sociedade. Apesar disso, o deputado afirma que a condução e a decisão dos rumos da legenda no Estado é do senador Wellington Fagundes.
Quem também participou da conversa foi o presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, que já havia comunicado o ‘Rei do Porco’ sobre a negativa de aceitar um palanque aberto com mais de uma candidatura ao Senado. Por conta dessas incertezas, a relação entre Mauro e Bolsonaro voltou a ter ruídos, o que pode afastar o presidente do palanque de Mendes mesmo que o PL permaneça na coligação.
Fonte: gazetadigital.com.br