Apesar do racha no grupo que dá sustentação ao Palácio Paiaguás, o governador Mauro Mendes (União) e seus aliados próximos afirmam não estar preocupados com a debandada de partidos do arco da aliança.
Após confirmar sua pré-candidatura à reeleição na noite de segunda-feira (18), o comandante do Palácio Paiaguás afirmou que tem confiança no trabalhado prestado nos últimos anos 3 anos e que vai tocar a campanha de forma tranquila, com as siglas que desejarem permanecer no grupo.
“Não estou preocupado com isso. A grande base de uma campanha é o que o eleitorado pensa sobre você. Para ser candidato a gente precisa ter um tripé e isso envolve estar viável politicamente, eleitoralmente e financeiramente. Os partidos são instrumentos do processo eleitoral e eles desempenham um papel importante para ter tempo de televisão e para construir uma massa crítica de pessoas para fazer campanha. Mas nós estamos com muita tranquilidade”, disse durante coletiva de imprensa na sede do União Brasil, em Cuiabá.
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Em 2018, Mendes foi eleito com apoio da coligação “Pra mudar Mato Grosso”, formado pelo DEM (atual União Brasil), PDT, MDB, PSD, PSC, PHS, PMB e PTC. No entanto, ao que tudo indica esse mesmo grupo não deve continuar unido em 2022.
Isso porque, recentemente, o deputado federal Neri Geller (PP) decidiu deixar a base aliada de Mendes alegando ter perdido espaço no palanque governista para seguir com sua candidatura ao Senado.
Além do PP, o Partido Social Democrático (PSD), do senador Carlos Fávaro, também caminha fora da base governista. O parlamentar, que tem sido um dos articuladoress do projeto de Neri ao Senado, admite que pode lançar uma candidatura ao governo do Estado contra Mendes.
Além das duas siglas, Mendes ainda pode sofrer o desfalque com a eventual saída do Partido Socialista Brasileiro (PSB), do deputado estadual Max Russi. Nesta semana, o presidente estadual da legenda recebeu recomendação do presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, para que abra diálogo com a federação PT, PCdoB e PV, para compor o palanque de oposição em Mato Grosso.
Apesar das movimentações, o senador Jayme Campos e um dos principais líderes do União Brasil negou que o grupo esteja enfraquecido. O parlamentar enfatizou que a sigla fez várias manobras para manter os partidos unidos, mas admitiu que é comum que nem sempre é possível agradar a todos.
“Nosso grupo não está dilacerado coisíssima nenhuma. Aqui está mais forte que se pensa. É obvio e evidente, que, quando você vai fazer um omelete, tem que quebrar os ovos. Esse grupo é de rocha e quando ganhar as eleições, se Deus quiser, vai ser Mauro e Pivetta governador e Wellington Fagundes senador. Vamos para frente”, finalizou.
Fonte: gazetadigital.com.br