Presidente da Comissão de Ética da Câmara de Cuiabá, o vereador Lilo Pinheiro (PDT) afirmou que o pedido de cassação protocolado contra o vereador Marcos Paccola (Republicamos) só deve ser analisado após a conclusão do inquérito policial que está sendo produzido pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
O parlamentar é investigado por matar o agente Alexandre Miyagwa de Barros, 41 anos, a tiros, no dia 1º de Julho, no bairro Duque de Caixias, em Cuiabá.
Na quinta-feira (7), Lilo e o presidente da Câmara de Cuiabá, Juca do Guaraná Filho (MDB), se reuniram com delegado da Polícia Judiciária Civil, Hércules Batista Gonçalves, que é responsável pelo caso.
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Hércules explicou que a DHPP tem 30 dias para terminar as investigações, podendo prorrogar o inquérito pelo mesmo prazo.
“Nós não vamos agir em cima de um impulso, vamos agir a partir de uma verdade real e essa verdade será apresentada pela DHPP. A preocupação maior é não cometer algum tipo de injustiça, então vamos nos embasar em cima da verdade real que será apresentada pelos delegados”, declarou Lilo.
Além do pedido de cassação, Paccola também recebeu um pedido de afastamento cautelar por parte da vereadora Edna Sampaio (PT). Na solicitação, a parlamentar argumentou que conduta de Paccola “extrapola qualquer limite suportável e rebaixa a Casa Legislativa”.
De acordo com o presidente da Comissão, o afastamento deve ser apreciado até a próxima segunda. “A resposta da presidência para Comissão de Ética será feita até segunda-feira… Tem muita coisa que está sob sigilo, mas ao final na conclusão, todos os documentos serão entregues. Tudo isso será analisado”, pontuou.
O caso
Paccola assumiu que matou Alexandre a tiros na última sexta-feira (1). Conforme registrado no boletim de ocorrência, Paccola teria pedido por várias vezes para o agente que colocasse a arma que carregava no chão, e, como teria ocorrido reação, ele reagiu, atirando contra o servidor público.
A mulher que estava com o agente dá outra versão e diz que Alexandre não estava com a arma em punho. Paccola prestou depoimento na Delegacia de Homicídios e depois foi liberado.