Comissão de Ética: “Paccola se afastar seria um ato coerente”

Comissão de Ética: “Paccola se afastar seria um ato coerente”
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Comissão irá acompanhar investigação sobre morte de agente socioeducativo

Presidente da Comissão de Ética e Decoro da Câmara de Cuiabá, o vereador Lilo Pinheiro (PDT) disse nesta segunda-feira (4) achar “coerente” que o colega parlamentar Marcos Paccola (Republicanos) se afaste do cargo.

Paccola – que é tenente-coronel da Polícia Militar – atirou e matou o agente socioeducativo Alexandre Miyagawa na última sexta-feira (1º), na região Central de Cuiabá.

A pedido do presidente do Legislativo Juca do Guaraná (MDB), a Comissão irá acompanhar as investigações do caso, que estão sob responsabilidade da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

“Na minha opinião, eu entenderia como um ato coerente [o pedido de afastamento] por parte do Paccola. O afastamento não pode ser interpretado como um ato covarde, uma covardia, mas sim alguém que quer esclarecimento dos fatos para depois se posicionar conforme os fatos esclarecidos”, disse Lilo Pinheiro.

Ele afirmou, porém, que essa é uma decisão exclusiva de Paccola. E qualquer pedido nesse sentindo que chegar na Comissão será analisado.

A vereadora Edna Sampaio (PT) já informou que irá pedir o afastamento de Paccola.

“Fato inédito”

Juca do Guaraná afirmou que é preciso ter cautela em qualquer decisão, já que um fato inédito que acontece com um vereador em exercício do mandato.

“É algo inédito. Estou há dez anos aqui e nós nunca nos deparamos com uma situação nem parecida. Tudo que falarmos hoje sem ter o acompanhamento, o desfecho das investigações, é precoce”, disse.

O presidente declarou que qualquer vereador tem a prerrogativa de pedir o afastamento ou cassação de Paccola, mas não é possível fazer análises neste momento.

“Nós lamentamos o que aconteceu. Fato muito triste envolvendo um vereador dessa Casa. Todas as decisões dessa Casa são feita no colegiado. Ouvimos o vereador Marcos Paccola, que até então não tínhamos falado com ele. Não tínhamos tido a oportunidade de ouvir a versão dele”, disse Juca.

“Há varias versões. Não queremos ser precipitados em nada. Tem quatro delegados da Polícia Civil acompanhando o andamento dessas investigações. Nós acreditamos na Polícia. Tem imagens de câmeras de segurança. A comissão vai acompanhar o passo a passo da investigação”, disse o presidente .

O caso 

O vereador afirmou que passava pelo local e foi informado que Alexandre, também conhecido pelos amigos como “Japão”, estava armado ameaçando a companheira dele.

Paccola ainda disse que chegou a dar voz de prisão, mas o agente não teria obedecido.

A namorada do agente constestou a versão do vereador e disse que não foi agredida pelo companheiro.

Vídeo divulgado nesta segunda-feira (4) mostra o momento exato do disparo. Alexandre estava de costas quando foi atingido por Paccola.

 

 

 

 

Fonte: www.midianews.com.br


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