O grupo, que começou com cinco parlamentares, já conta com 12 e precisa da adesão de mais um para vencer disputa
A eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Cuiabá ganha novos contornos.
Tudo indica que a base governista vem perdendo força para o bloco dos independentes.
O grupo, que começou com cinco parlamentares, já conta com 12 membros.
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Para garantir a vitória em agosto deste ano, que é quando ocorre o pleito, eles precisam apenas da adesão de mais um vereador.
Segundo Demilson Nogueira (PP), o grupo tem buscado dialogar com todos os parlamentares, a fim de garantir esse reforço.
“O bloco independente está firme, dentro do propósito para construir a Mesa Diretora. Estamos trabalhando para chegar firme ao 13º voto”, disse o vereador.
Além dele, integram o grupo independente os vereadores Marcus Brito Júnior (PV), Eduardo Magalhães (Republicanos), Pastor Jefferson (PSD), Didimo Vovô (PSB), Kássio Coelho (Patriota) e Sargento Joelson (PSB).
Eles ainda contam com a “simpatia” de Diego Guimarães (Republicanos), Tenente-Coronel Paccola (Republicanos), Edna Sampaio (PT), Dilemário Alencar (Podemos) e Michelly Alencar (União), que integram o bloco de oposição.
Os parlamentares estão insatisfeitos com a atual administração do Legislativo cuiabano e com o Poder Executivo, sob o comando do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).
Enquanto a grupo independente deslancha, a base aliada do prefeito patina para construir uma chapa.
Os vereadores estão com dificuldades para chegar a um consenso, principalmente no que se diz respeito ao candidato a presidente.
Três estavam interessados em ser o cabeça de chapa do grupo.
Inicialmente, o vereador Adevair Cabral (PTB) era o favorito para puxar a disputa.
Nos bastidores, inclusive, ele era tido como o candidato do prefeito.
Apesar disso, o petebista não conseguiu viabilizar a sua candidatura, pois enfrentou resistência dos demais integrantes do grupo de situação.
Segundo o petebista, a maior dificuldade encontrada foi o fato de ele responder pela liderança do chefe do Executivo Municipal na Casa.
“No começo, eu tentei viabilizar minha candidatura, mas tive dificuldades por ser líder do prefeito. Estavam confundindo a questão de Legislativo e Executivo e, para o bom andamento da eleição, eu resolvi tirar minha candidatura e continuar como líder”, disse.
Ele afirmou que a decisão foi tomada junto a Emanuel Pinheiro.
“Eu tive uma conversa bem reservada com o prefeito, coloquei os pros e os contras, e ele também achou por bem eu retirar a candidatura. Foi consenso”, completou.
Ele continua respondendo pela liderança do prefeito no Parlamento Municipal.
Diante disso, Cabral optou por apoiar o vereador Chico 2000 (PL), que seria, agora, o candidato do prefeito.
“A eleição da Mesa é uma conversa diária, onde você tem que conversar com todos os 25 vereadores, e nós estamos conversando. Temos diversas adesões, a mais recente é o vereador Adevair Cabral, que desistiu da disputa e veio nos apoiar. Então, está caminhando muito bem e esperamos fechar o número necessário para conseguir essa eleição”, disse Chico 2000.
Ele, contudo, nega que esteja articulando seu projeto com a ajuda do Palácio Alencastro.
“Nós estamos trabalhando para ser presidente da Câmara, presidir a Casa para os 25 vereadores, para a população que nos procura. Existe uma base de sustentação do prefeito que conversa com ele sobre a eleição da Msa, mas sempre me posicionei de forma tranquila, serena. Tenho uma boa relação com o Executivo, e tenho certeza de que, por parte dele, não terá nenhuma espécie de veto”, disse.
Isso, contudo, gerou insatisfação em outros parlamentares, especialmente no vereador Marcrean Santos (PP), que tentava construir sua candidatura à presidência, e buscava o apoio de Emanuel Pinheiro.
Ele esperava conquistar o apoio do prefeito, sob a alegação de que não foi contemplado com nada, durante a sua administração, mas parece que foi passado para trás mais uma vez.
A eleição para escolha da nova Mesa Diretora do Legislativo Cuiabano ocorre em agosto, conforme determina o Regimento Interno.
A chapa eleita comandará o Parlamento pelos próximos dois anos.
Fonte: diariodecuiaba.com.br