Governador lembra que todas decisões judiciais foram favoráveis ao BRT
O governador Mauro Mendes (UB) afirmou nesta quinta-feira (14), em entrevista ao Jornal do Meio Dia, da TV Vila Real, que o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), está levando uma ‘surra jurídica’ do Governo do Estado, no imbróglio sobre o novo modal que será instalado na capital. O gestor municipal defende a manutenção do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), enquanto o chefe do Executivo estadual quer a implantação do Bus Rapid Transit (BRT).
Emanuel Pinheiro tem afirmado com frequência que lutará pela permanência do projeto do VLT na capital, inclusive com a possibilidade de acionar judicialmente o Estado. Mauro Mendes, por outro lado, já anunciou a licitação para o BRT e conseguiu na Justiça a rescisão do contrato com o consórcio que construiria o Veículo Leve Sobre Trilhos. A obra foi alvo de várias denúncias de corrupção e estava prevista para ser entre em 2014, antes da realização da Copa do Mundo, em Cuiabá.
“O Emanuel Pinheiro prometeu uma guerra jurídica contra o Estado e até agora tomou uma surra. Tudo que ele tentou, perdeu. Ele não manda sozinho em Cuiabá e existe a Justiça. O VLT é um dos grandes símbolos da corrupção, neste estado. Todo mundo sabe disso e a história está aí, nos processos. A própria empresa já confessou e o contrato foi rescindido judicialmente, transitou em julgado e não cabe mais recurso. Não há o que se discutir”, afirmou.
Mauro Mendes afirmou que o VLT sequer é a melhor alternativa para Mato Grosso. Ele destacou ainda que o Governo do Estado já entrou na Justiça exigindo que a empresa responsável pela obra devolva todo o dinheiro que recebeu para os cofres públicos e que recolha os vagões do VLTs. Ele também anunciou que nas próximas semanas assinará o contrato para a obra do BRT.
Caso o prefeito resista em não autorizar as obras do modal na Capital, o governador admite ingressar na Justiça para que os trabalhos sejam iniciados. “Fizemos a licitação, o projeto já está pronto e terminando isso, é uma questão de semanas para assinarmos o contrato e vamos começar a fazer a obra do BRT. Eu não vou brigar com o prefeito, nem trocar tapas com ele, mas vamos acionar a Justiça e o Ministério Público, que tem muito mais poder que o Emanuel Pinheiro”, completou.
Fonte: folhamax.com