O salário dos servidores de Cuiabá referente ao mês de dezembro, será pago no próximo dia 10. A garantia foi fada pelo novo prefeito Abilio Brunini (PL) na manhã desta segunda-feira (6). O liberal explica que aguarda um recurso cair na conta do município para efetuar o pagamento.
A folha, na ordem de R$ 63 milhões, foi deixada pelo antigo gestor, Emanuel Pinheiro (MDB).
“Nos próximos 10 dias a gente so terá dinheiro no caixa para pagar o equivalente a folha, que é quase R$ 63 milhões, no dia 10. O dinheiro caiu, nós vamos pagar. Não vamos parcelar, não vamos escalonar”, enfatizou o chefe do poder Executivo.
Abilio, contudo, frisa que não tem condições de quitar duas folhas salariais em um único mês. Desta forma, o pagamento referente a janeiro só será efetuado no próximo mês.
Devido à dificuldade financeira, neste ano a folha salarial dos servidores municipais será paga no mês subsequente ao trabalhado. O cenário muda apenas em outubro, quando deverá ser paga duas folhas, sendo a de setembro no início do mês e a de outubro no final.
“Queremos o pagamento dentro do mês trabalhado. Isso será alcançado a partir do equilíbrio das contas públicas, o que demanfa tempo. Não consigo neste momento efetuar duas folhas de pagamento. Se a Prefeitura de Cuiabá pagar duas folhas salariais neste momento, não vai conseguir pagar pelos serviços de educação, saúde e coleta de lixo”, concluiu.
Confira o calendário de pagamento:
Janeiro – pagamento 9 de fevereiro
Fevereiro – pagamento 8 de março
Março – pagamento 7 de abril
Abril – pagamento 6 de maio
Maio – pagamento 5 de junho
Junho – pagamento 4 de julho
Julho – pagamento 3 de agosto
Agosto – pagamento 2 de setembro
Setembro – pagamento 1º de outubro
Outubro – pagamento 31 de outubro
Novembro – pagamento 30 de novembro
Vale lembrar que, algumas medidas já foram adotadas pelo novo prefeito para reequilibrar as finanças do município. Na semana passada, ele publicou um decreto de calamidade financeira, que tem validade por 180 dias, podendo ser prorrogado por igual período.
A medida prevê um corte de 40% nos cargos comissionados, além de revisão de contratos em vigência no município. A dívida deixada pelo antecessor, segundo o liberal, está na ordem de R$ 1,6 bilhões, onde grande parte deve ser honrada a curto prazo.
Diante disso, no decreto Abilio determina a criação de uma Comissão de Apoio Técnico de Renegociação, que ficará responsável por rever todos os contratos e renegociar dívidas oriundas de prestação de serviço. A medida está prevista no decreto de calamidade financeira que foi publicado na última sexta-feira (3).
De acordo com ele, o grupo irá fazer um pente fino nos contratos, a fim de manter apenas aqueles que são essenciais para o funcionamento da máquina pública e dos serviços que são prestados à população.
“Estamos formando uma comissão para renegociar todos os contratos do município. Aquilo que for essencial vamos renegociar para dar continuidade, aquilo que não for essencial a gente vai renegociar o pagamento e cortar”, garantiu.
Paralelo a isso, o liberal ainda criou um Comitê de Ajuste Fiscal, que visa debater a situação financeira da Prefeitura de Cuiabá com outras entidades como Câmara de Vereadores, Assembleia Legislativa, Tribunal de Contas, Judiciário de Mato Grosso, Governo do Estado e etc.
O novo gestor afirma que a intenção é buscar ajudar para encontrar uma saída para a dívida bilionária deixada pelo ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).
“O Comitê vai realizar reuniões constantes para mostrar todos os dados e ouvir as partes para resolver essa questão da renegociação. Até o Emanuel, se ele quiser, pode participar, ele está convidado para falar porque deixou a dívida para gente pagar. A ideia é mostrar de forma transparente e com todos os entes quais são os nossos caminhos e as medidas que estamos adotando”, encerrou.
Fonte: www.diariodecuiaba.com.br
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