Garimpo ilegal dificulta combate à malária em Terra Indídena no Pará

Garimpo ilegal dificulta combate à malária em Terra Indídena no Pará
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Região dos Munduruku registrou quase 12 mil casos da doença

O combate à malária entre indígenas das cidades de Itaituba e Jacareacanga, no Pará, tem dificuldade em avançar por causa do garimpo ilegal.

Em Jacareacanga fica a maior parte da Terra Indígena Munduruku, onde vivem cerca de 24 mil indígenas. Neste ano, já foram registrados 8.800 casos de malária na região, o equivalente a um terço dessa população.

Em Itaituba, que fica a 390 quilômetros, 60% do público atendido pelo Distrito Sanitário Especial Indígena Rio Tapajós é da Terra Indígena Munduruku. Este ano foram mais de 3.100 casos da doença.

Em 2023, segundo o Ministério da Saúde, foram 133 mil casos registrados no país, mas a Amazônia concentra 99% dos casos de malária do país.

O garimpo ilegal facilita a proliferação do mosquito transmissor ao desmatar e deixar inúmeros buracos abertos com água parada. Além disso, garimpeiros infectados se tornam “reservatórios da doença” – e uma vez picados por mosquitos, acabam mantendo o ciclo de transmissão.

Para combater o garimpo ilegal e outros crimes ambientais, instituições federais realizam operações de retirada dos invasores da terra Munduruku. Desde o início de novembro, foram quase 400 ações.

Segundo o governo federal, o prejuízo aos infratores totaliza mais de R$ 93 milhões. Na última semana, 13 acampamentos, uma embarcação, duas máquinas pesadas e 16 motores estacionários foram destruídos.


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