A prevenção é essencial para a redução da mortalidade infantil e depende, principalmente, de um pré-natal de qualidade
Novembro é o mês dedicado à conscientização acerca dos desafios dos nascimentos prematuros em todo o mundo.
De acordo com o Ministério da Saúde, um a cada 10 nascimentos acontece antes das 37 semanas de gestação no Brasil.
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Neste ano, foram 245.247 nascimentos prematuros notificados em todo o país desde o início de janeiro até o momento.
Do total, 5.653 ocorreram em Mato Grosso. No ano anterior, foram 7.248 nascimentos prematuros no Estado.
De acordo com o Ministério da Saúde, vários são os fatores que podem levar ao parto prematuro de um bebê entre causas maternas, de placenta ou do feto.
Entre as mais conhecidas estão a hipertensão arterial da mãe, o sofrimento fetal e o descolamento da placenta, que podem levar a uma antecipação natural ou de urgência do parto.
Para conscientizar, a campanha nacional deste ano tem como “Cuidados maternos e neonatais de qualidade em todos os lugares”.
No Estado, a Coordenadoria Estadual de Promoção e Humanização da Saúde promove diversas ações como parte da mobilização e em alusão ao Dia Mundial da Prematuridade, celebrado em 17 de novembro.
De acordo com informações da Secretaria de Estado de Saúde, até o dia 31 deste mês, estarão abertas as inscrições para a “Agenda Única do Novembro Roxo”, um espaço virtual que organiza atividades em diversos municípios de Mato Grosso.
“A Agenda Única é um instrumento criado pela SES, em que desenvolvemos um formulário eletrônico e, por meio dele, criamos o mapa das ações que vão acontecer nos municípios de Mato Grosso. Lá consta o nome do evento, o local, a data, a cidade e até mesmo se eles irão realizar alguma ação específica além das palestras”, disse o nutricionista e integrante da equipe de Promoção da Amamentação e Alimentação Complementar Saudável, Rodrigo Carvalho.
Em nível nacional, o Ministério da Saúde também promove uma rede de apoio às famílias.
Para isso, lançou em setembro último, a Rede Alyne, que atua para qualificar o cuidado materno-infantil e garantir atendimento integral às mulheres e recém-nascidos em todo o Brasil.
A iniciativa oferece suporte a estados, municípios e ao Distrito Federal, com recursos direcionados para fortalecer o pré-natal, o atendimento durante a internação e o acompanhamento no pós-alta, medidas consideradas essenciais para a prevenção de complicações associadas à prematuridade.
Conforme o órgão federal, a prevenção do parto prematuro é essencial para a redução da mortalidade infantil e depende, principalmente, de um pré-natal de qualidade ofertado pela atenção primária, com acompanhamento contínuo pela Estratégia Saúde da Família (ESF) e encaminhamento à atenção especializada se detectada uma gestação de risco.
E, quando o nascimento prematuro ocorre, é fundamental que esses bebês recebam cuidados e acompanhamento rigorosos para reduzir a morbimortalidade neonatal.
Embora muitos bebês prematuros se desenvolvam bem, o parto antes das 37 semanas pode expor o recém-nascido a diversas intercorrências devido à imaturidade de seus órgãos e sistemas.
As principais complicações incluem dificuldades respiratórias, problemas cardíacos, gastrointestinais, de imunidade, oculares, auditivas e imaturidade no sistema nervoso central.