A cantora pop norte-americana Miley Cyrus, os integrantes da banda de rock Foo Fighters, a estrela nacional Pabllo Vittar e a fotógrafa mato-grossense Melissa Rocha compartilham de algo em comum: todos estarão dividindo o mesmo ambiente neste fim de semana, no festival musical Lollapalooza, em São Paulo.
A pandemia de covid-19 afetou diretamente a forma de se relacionar, uma vez que o distanciamento social, antes da chegada da vacina, ainda era o método mais eficaz no combate à transmissão do vírus. Neste contexto, medidas precisaram ser tomadas, comércios foram fechados e eventos foram cancelados ou adiados, como foi o caso o Lollapalooza, inicialmente marcado para 2020.
A fotógrafa cuiabana Melissa Rocha, 25, relata, em entrevista ao GD, que comprou seu passaporte para os três dias de festival (sexta, sábado e domingo) apenas após a data do evento ser definida de uma vez por todas, após o histórico de três adiamentos.
Frequentando assiduamente o festival desde a sua quarta edição no Brasil, em 2015, Melissa se define como ‘rata de Lollapalooza’ nas palavras da mesma. “Às vezes sem nem sair no line-up eu já comprei o ingresso, já decido bem antes e já vou atrás das coisas”, narra a fotógrafa hospedada em São Paulo com três amigas.
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Na sexta-feira (25), primeiro dia de evento, Melissa acordou por volta das 11h e se arrumou sem pressa, tomando o metrô e depois um trem a caminho do Lollapalooza 2022 às 13h. Às 15h Melisa e suas amigas já estavam em Interlagos para curtir as apresentações de Marina, The Strokes, Doja Cat e Pabllo Vittar.
Já acostumada com as águas de março que sempre caem no festival, a fotógrafa revela ter sido pega de surpresa por uma tempestade de granizo, que forçou a organização do evento a anunciar uma pausa nas apresentações. “Todo mundo teve que comprar capa de chuva porque sempre chove, mas esse ano foi uma tempestade mesmo. Até dói as costas”, relembra Melissa.
Chuva essa que acabou proporcionando um perrengue chique e infelizmente deu fim ao fiel companheiro que sempre esteve ao lado, ou melhor, aos pés, da jovem em tantos Lollapalozas: seu coturno preto.
Quando questionada sobre a melhor apresentação do primeiro dia de Lolla, como é carinhosamente chamado por seus frequentadores, Melissa afirma: “O melhor show para mim foi o da Pabllo porque estava muito animado, foi muito emocionante ver uma artista que cresceu muito rápido”.
Ela também atribui à queima de fogos apresentada ao público ao final de cada dia de evento como uma experiência única e marcante.
Apesar dos momentos memoráveis, a cuiabana reclama de outros pontos não tão positivos no que diz respeito a organização do evento, como a redução do número de cambistas que comercializam bebida na platéia. “As filas das lojas oficiais de cerveja estavam gigantes então muita gente acabava desistindo. Eu mesmo quase não bebi ontem. Tinha dinheiro, mas não tinha gente bebendo”, desabafa a fotógrafa ao GD, que finaliza sua fala afirmando: “Hoje estou indo para ver Miley Cyrus. Tô muito empolgada, tem previsão de chuva, mas não tô nem aí. Tem que se entregar, enfim… Dois anos sem festival, vale a pena”.
Uma história de muita música
O festival foi idealizado para ser uma turnê de despedida da banda Jane’s Adddiction, em 1991, com evento itinerante que visitou lugares dos Estados Unidos e Canadá naquele ano. Com atrações circenses, afim de diversificar o evento, um dos principais nomes da primeira edição foi a banda Nine Inch Nails. Já em 1994 a expectativa girava em torno do Nirvana, que acabou anunciando sua saída do evento um dia antes do vocalista Kurt Cobain ser encontrado sem vida.
Nos anos seguintes o festival seguiu sua trajetória com diversas atrações em palco, polêmicas, declínio e cancelamentos, retornando em 2005, em um ponto fixo de Chicago, cidade dos Estados Unidos e então em 2011, após seu crescimento, o Lollapalooza realiza sua primeira edição fora das terras americanas. O Lollapalooza Chile contou com a presença de bandas como The Killers, 30 Seconds to Mars e Jan’es Addiction.
No Brasil, o festival chega em abril de 2012, no Jockey Club, em São Paulo, com nomes como Foo Fighters, Artic Monkeys, Joan Jett e MGMT. Desde a edição de 2014 o evento passou a ser realizado no autódromo de Interlagos, também em São Paulo e já comportou uma diversidade de artistas de diferentes estilos, indo de Planet Hemp e Marcelo D2, passando por Pearl Jam e chegando até Skrillex e Diplo.
Opção cuiabana
Para quem se encontra a 1.572km de distância do autódromo de Interlagos, onde é realizado o festival, uma opção é acompanhar a Indie Party, festa temática com set inspirado no Line Up (atrações) do Lollapalooza, realizado na pophouse, bar localizado no centro de Cuiabá, neste sábado (26).
A idealizadora do evento, Bruna Almeida, relata ao GD que a necessidade de realizar uma segunda edição da festa surgiu a partir do grande sucesso da primeira, desta vez usando como referência o festival Lollapalooza e aproveitando a data. Bruna, que no momento da entrevista estava a caminho do ‘Lolla’, garante um ‘rolê’ pensando por DJs que vivenciaram o evento e trarão a experiência para a pista.
Quem também garante o melhor da música indie e alternativa é a DJ convidada, Carolina Toninato. Apaixonada por música, tem como ritmos preferidos um catalogo bem extenso, começando pelo indie e indo até o reggaeton. Para a noite de sábado, Cah Toninato, como é conhecida, promete trazer para a pista alguns nomes como Lana Del Rey, Vance Joy, Marina And The Diamonds, The Strokes, The Neighbourhood, The Lumineers, Grimes, Doja Cat, Duda Beat e Jaloo.
Fonte: gazetadigital.com.br