Os alvos Rubens Carlos de Oliveira Júnior, ex-presidente da cooperativa; Eroaldo de Oliveira, Suzana Aparecida Rodrigues dos Santos Palma, Ana Paula Parizzotto, Tatiana Bassan, e Jaqueline Larréa foram soltos
Os seis presos pela Polícia Federal (PF) durante a operação “Bilanz”, deflagrada na quarta-feira (3), foram soltos ainda na noite do mesmo dia. O grupo é investigado de um rombo de R$ 400 milhões na Unimed Cuiabá durante o quadriênio 2019-2023. A operação foi deflagrada em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF-MT).
Os alvos Rubens Carlos de Oliveira Júnior, ex-presidente da cooperativa; Eroaldo de Oliveira, ex-CEO; Suzana Aparecida Rodrigues dos Santos Palma, ex-diretora administrativa financeira; Ana Paula Parizzotto, ex-superintendente administrativa financeira; Tatiana Bassan, contadora e Jaqueline Larréa, advogada (assessora jurídica), foram soltos.
Na decisão, o juiz Jeferson Schneider, da 5ª Vara Federal, esclareceu que a prisão temporária tem duas finalidades. Uma delas é permitir uma adequada coleta da prova e permitir à autoridade policial um tempo mínimo necessário para uma primeira análise das provas, sendo que ambos os objetivos foram cumpridos neste caso.
“Os fatos apurados são graves, porém nenhum elemento concreto ou suficientemente grave, na assentada da audiência de custódia, foi apresentado que coloque em risco a investigação, a instrução processual e a aplicação da lei penal, o que não significa, insisto novamente, que com a continuidade e o aprofundamento das investigações o cenário não possa mudar”, frisou o magistrado.
À imprensa, o advogado de Rubens de Oliveira e Suzana Palma, Marlon Latorraca, afirmou que não havia motivo para a prisão e que ambos estão à disposição da Justiça. “Como era esperado nós conseguimos a soltura dos nossos clientes, não havia motivo para essa preventiva, não havia os requisitos (…) nem a temporária”, disse. “…Então, já estão todos em casa e a Justiça foi feita”, acrescentou.
Conforme informações da PF e do MPF-MT, a investigação identificou indícios de práticas ilícitas relacionadas à gestão financeira e administrativa da entidade, incluindo a apresentação de documentos com graves irregularidades contábeis à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que ocultaram um déficit de cerca de R$ 400 milhões no seu balanço patrimonial de 2022.
Estão sendo apurados os crimes de falsidade ideológica, estelionato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Como parte das medidas investigativas, o MPF requereu o cumprimento de mandados de busca e apreensão, afastamento de sigilos telemático, financeiro e fiscal, além do sequestro de bens dos investigados.
Fonte: diariodecuiaba.com.br