PC monitorou dono de academia e comparsas; drogas eram vendidas em festas
A Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE) iniciou há um ano e três as investigações que culminaram nesta quinta-feira com a “Operação Doce Amargo”, que levou a prisão de um grupo de traficantes de drogas sintéticas em Cuiabá. Tudo teve início em dezembro do ano passado após a prisão em flagrante de “Japão”, um dos envolvidos no esquema.
Com ele, no dia do flagrante, a polícia apreendeu cocaína, armas de fogo, munições, bloqueadores de sinais e outros. A partir desta prisão, os investigadores conseguiram chegar até a quadrilha que executava um grande esquema de tráfico de drogas sintéticas como ecstasy, MDMA e o LSD, também conhecidos como “bala”, “roda” e “doce”, sendo comercializadas na maioria das vezes, em festas eletrônicas.
Prints de troca de mensagens trocadas entre os integrantes da quadrilha foram anexadas às investigações. Em uma delas, mostra “Japão”negociando com Luiz Fernando quantidade e valores dos entorpecentes.
E um outro print, Luiz Fernando manda o comprovante de pagamento e posteriormente a foto da droga. Na sequência, os dois fazem comentários sobre a qualidade dos comprimidos, vendas, entregas e locais onde foram comercializados.
A delegada Juliana Palhares explica ainda que o comércio desse tipo de entorpecentes é mais difícil de ser identificado devido ao difícil acesso ao público que o consome e os locais elitizados, onde são comercializados. “As drogas comuns são mais acessíveis ao público em geral, mas esse nicho de drogas sintéticas tem um alto valor aquisitivo. Em Cuiabá, a venda desse produto subiu assustadoramente entre os jovens. Temos uma novidade apreendida, o pendrive, que seria uma espécie de cigarro eletrônico associado a substâncias alucinógenas”, afirma.
Juliana frisa ainda que a participação de um profissional do ramo da saúde envolvendo o tráfico de drogas sintéticas, chamou a atenção das investigações. No total, são oito suspeitos com mandados de prisão expedidos, sendo que sete já foram cumpridos, além das ordens de busca e apreensão.
As prisões temporárias têm prazo de 30 dias e podem ser prorrogadas por igual período ou convertidas em preventiva com base na continuidade das investigações. Entre os presos estão, Luiz Fernando Kormann, de 32 anos, que é dono da Academia Kormann Fitness, no bairro Parque Cuiabá.
Também foram detidos Luiz Felipe Campos de Amorim Leite (Mickey), 29 anos, Everton Luis Botelho de Miranda, 36 anos, Marcelo Henrique Tenuta, 32 anos, Ernandes Aparecido de Oliveira, 38 anos, David Vasconlelos Serpa.
Fonte: www.folhamax.com