Ao menos um navio de desembarque de tropas, blindados e munições, o Orsk, foi destruído no ataque
Em uma canal de analistas militares russos no Telegram, a informação é de que outros dois navios foram atingidos, mas deixaram o porto do mar de Azov. Há dúvidas entre eles se o navio atingido foi o Orsk ou o Saratov, a outra embarcação de assalto anfíbio de sua classe que servia à Frota do Mar Negro na Crimeia.
Segundo esses relatos, ao menos três pessoas teriam morrido na ação, em que Kiev empregou mísseis balísticos Totchka-U. É a primeira vitória do gênero da Ucrânia nesta guerra.
Ela veio pouco menos de três horas antes de os líderes da Otan se encontrarem em Bruxelas, o americano Joe Biden à frente, onde ouvem Zelenski por vídeo. Dificilmente não foi pensado como um cartão de visitas, já que os navios russos começaram a desembarcar equipamentos em Berdiansk na semana passada, com fanfarra e transmissão pela TV.
O porto é estratégico, e fica a 75 km da cidade sitiada de Mariupol. Forças russas tiveram seus maiores avanços em um mês de guerra justamente no sul da Ucrânia, e a queda deste outro porto no mar de Azov pode consolidar o estabelecimento da ligação por terra entre as regiões separatistas do Donbass (leste) e a Crimeia, anexada por Vladimir Putin em 2014.
Há um componente psicológico adicional, que é uma pequena vitória no mar de Azov, uma área quase fechada do mar Negro, separada dele pelo estreito de Kertch, controlado pelos russos desde 2014. A Marinha ucraniana foi efetivamente anulada até aqui, e teve de afundar seu principal navio para evitar que ele fosse capturado como tantos outros.
O ataque com o Totchka (ponto, em russo) um sistema de curto alcance soviético, ocorreu contudo por terra. Ele atinge alvos até a 180 km, dependendo da versão deste modelo criado em 1973 e ainda operado por dez países. Ele tem sido usado para ações de maior impacto de Kiev na guerra, como o ataque solitário feito a Donetsk, uma das duas capitais rebeldes do leste do país.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Em uma demonstração de vitalidade militar pouco antes de o presidente Volodimir Zelenski pedir mais ajuda militar à Otan (aliança liderada pelos EUA), a Ucrânia fez um ataque inédito com mísseis contra um porto que havia sido ocupado pela Rússia.
Ao menos um navio de desembarque de tropas, blindados e munições, o Orsk, foi destruído no ataque e afundou nos 5 m do porto de Berdiansk, segundo a Marinha ucraniana. Moscou ainda não comentou o caso, mas as imagens em redes sociais e análises feitas inclusive por observadores pró-Rússia sugerem que o relato está certo.
Em uma canal de analistas militares russos no Telegram, a informação é de que outros dois navios foram atingidos, mas deixaram o porto do mar de Azov. Há dúvidas entre eles se o navio atingido foi o Orsk ou o Saratov, a outra embarcação de assalto anfíbio de sua classe que servia à Frota do Mar Negro na Crimeia.
Segundo esses relatos, ao menos três pessoas teriam morrido na ação, em que Kiev empregou mísseis balísticos Totchka-U. É a primeira vitória do gênero da Ucrânia nesta guerra.
Ela veio pouco menos de três horas antes de os líderes da Otan se encontrarem em Bruxelas, o americano Joe Biden à frente, onde ouvem Zelenski por vídeo. Dificilmente não foi pensado como um cartão de visitas, já que os navios russos começaram a desembarcar equipamentos em Berdiansk na semana passada, com fanfarra e transmissão pela TV.
O porto é estratégico, e fica a 75 km da cidade sitiada de Mariupol. Forças russas tiveram seus maiores avanços em um mês de guerra justamente no sul da Ucrânia, e a queda deste outro porto no mar de Azov pode consolidar o estabelecimento da ligação por terra entre as regiões separatistas do Donbass (leste) e a Crimeia, anexada por Vladimir Putin em 2014.
Há um componente psicológico adicional, que é uma pequena vitória no mar de Azov, uma área quase fechada do mar Negro, separada dele pelo estreito de Kertch, controlado pelos russos desde 2014. A Marinha ucraniana foi efetivamente anulada até aqui, e teve de afundar seu principal navio para evitar que ele fosse capturado como tantos outros.
O ataque com o Totchka (ponto, em russo) um sistema de curto alcance soviético, ocorreu contudo por terra. Ele atinge alvos até a 180 km, dependendo da versão deste modelo criado em 1973 e ainda operado por dez países. Ele tem sido usado para ações de maior impacto de Kiev na guerra, como o ataque solitário feito a Donetsk, uma das duas capitais rebeldes do leste do país.