O Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (INDEA) reforça a necessidade do cumprimento rigoroso das normas fitossanitárias para garantir uma safra produtiva
Com a proximidade do vazio sanitário do algodão, que ocorrerá de 15 de outubro a 14 de dezembro, o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (INDEA) alerta os produtores sobre a importância de realizar o controle da soqueira do algodão. Segundo o engenheiro agrônomo Leandro Oltramari, que atua na unidade de Lucas do Rio Verde, a medida é fundamental para evitar o surgimento de pragas e doenças, especialmente o bicudo, que tem sido uma das principais preocupações na cultura
A Instrução Normativa nº 3, publicada recentemente, reforça as diretrizes para o vazio sanitário e divide o estado de Mato Grosso em duas regiões: a Região 1, composta por municípios do sul do estado, e a Região 2, que inclui municípios do Norte, como Lucas do Rio Verde e Sorriso. A normativa também regula o calendário de plantio, que, na Região 2, será permitido a partir de 15 de dezembro até 28 de fevereiro de 2025.
Controle da soqueira e manejo adequado
Segundo Oltramari, é essencial que os produtores destruam a soqueira do algodão antes de iniciarem o plantio da soja. “O algodão é uma cultura que requer cuidados intensivos, e a destruição da soqueira é crucial para evitar problemas fitossanitários que possam comprometer a próxima safra,” afirma o engenheiro. Ele também destaca que, ao contrário do vazio sanitário da soja, que ocorre em um período seco, o vazio sanitário do algodão acontece durante a época chuvosa, o que pode dificultar o controle das plantas voluntárias.
Penalidades e fiscalização
A não conformidade com as normas do vazio sanitário pode resultar em multas. O produtor que for flagrado com plantas de algodão com risco sanitário pode ser penalizado com 30 UPFs (Unidades de Padrão Fiscal), além de 2 UPFs por hectare irregular. “Um exemplo prático: se forem encontradas irregularidades em 100 hectares, a multa pode chegar a 230 UPFs, o que atualmente equivale a quase R$ 60 mil,” explica Oltramari. Esse valor poderia ser investido em defensivos e herbicidas para o controle adequado do bicudo e outras pragas.
Fonte: cenariomt.com.br