Presente em Mato Grosso desde abril, o Comitê de Cultura atua na nacionalização de políticas culturais, por meio de recursos federais. Levando atividades de formação e auxiliando agentes da cultura por todo o Estado, a comissão desenvolve ações que visam o fortalecimento do setor em âmbito nacional.
Em entrevista ao GD, o coordenador metodológico do Comitê de Cultura Mato Grosso, Rômulo Fraga, 51, falou sobre as prioridades do comitê, narrando sua visão sobre o cenário atual da cultura no Estado e planos para o setor.
Gazeta Digital – O que é o Comitê de Cultura de Mato Grosso?
Coordenador metodológico Rômulo Fraga – É uma iniciativa nova do Ministério da Cultura, que teve início esse ano. Nós somos ligados ao Programa Nacional dos Comitês de Cultura, a gente, enquanto Instituto Mato-grossense de Desenvolvimento Humano, participa de um edital nacional em que selecionou 26 Comitês de Cultura no Brasil todo, nos Estados, e mais o Distrito Federal. Cada comitê desse recebe um recurso do Ministério da Cultura para desenvolver ações nos Estados.
Gazeta Digital – Como o comitê atua?
Coordenador metodológico Rômulo Fraga – Nós fazemos atividades de formação, que é a qualificação dos artistas e produtores culturais e também de representantes de entidades em relação aos editais do Ministério da Cultura, auxiliando na formalização de CNPJ das associações. Atuamos também na parte de fazer parcerias com os artistas, grupos, e entidades, para estar realizando ações como apresentações artísticas, cursos de teatro, dança, circo, todos os experimentos.
Gazeta Digital – Como vê o cenário cultural no Estado atualmente?
Coordenador metodológico Rômulo Fraga – Tivemos uma interrupção nos últimos 4 anos, onde teve a extinção do Ministro da Cultura. Apesar de não ser um órgão tão grande quanto da Educação, da Saúde, por exemplo, é um órgão que movimenta muito o Brasil. Com a retomada, agora com esse novo governo, a gente tem um novo Ministério da Cultura, que está criando a possibilidade de você chegar em lugares mais distantes no Brasil. Por exemplo, foi criado escritórios do Ministério da Cultura em todos os estados, além dos comitês, que é mais uma ajuda para estar levando essas ações do Ministério da Cultura, do Governo Federal e também dos estados e municípios.
Gazeta Digital – Quais as principais dificuldades enfrentadas pelo setor?
Coordenador metodológico Rômulo Fraga – A maior dificuldade é a nacionalização, porque geralmente temos nas capitais uma concentração dos artistas e produtos culturais com mais informação. Quando você vai um pouquinho para o interior, quanto mais longe da informação, mais difícil de chegar. A maior dificuldade é a gente chegar até o artista, o produtor que está mais distante.
Gazeta Digital – Como imagina o futuro do cenário cultural em Mato Grosso?
Coordenador metodológico Rômulo Fraga – Eu imagino da forma como eu estou vendo. Por exemplo, no ano passado, a gente ia em vários municípios, e encontrava um pessoal com pouca qualificação, que às vezes não tinha informação para participar dos editais, que achava que não podia participar dessa política cultural, tanto do Estado quanto do Governo Federal. Hoje, com essas viagens que a gente tem feito pelo comitê, a gente já vê uma nova realidade. A nossa perspectiva é que agora, ao passar dos anos, as pessoas vão se inserindo cada vez mais, tendo mais informações.
Fonte: gazetadigital.com.br
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