Segundo os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) e analisados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o Brasil enviou, em agosto, ao exterior 6,06 milhões de toneladas, 70,67% a mais que em julho.
Com isso, o total escoado em 2024 ficou em 17,94 milhões de toneladas, 28,85% menor que o do mesmo período de 2023.
Já Mato Grosso, principal produtor brasileiro de milho, participou com 70,35% do total exportado pelo Brasil de janeiro a agosto
Como detalham dos analistas do Imea, o Estado exportou, em agosto, 4,10 milhões de toneladas, 42,98% maior que o do mês anterior, “o que é comum nesse período do ano, em que a safra é colhida e se tem a consolidação do ciclo anual do milho safrinha”.
Apesar de o volume dos grãos exportados por Mato Grosso ser maior durante o mês, a exportação está 24,93% inferior, quando comparada com a última safra, 5,10% menor que a média dos últimos cinco anos, observam os analistas.
O Imea acredita que, assim, apesar desta diminuição, é esperado que as exportações fiquem mais aquecidas neste segundo semestre do ano, devido, principalmente, a maior disponibilidade de milho no mercado interno com a entrada da nova safra.
Cidades do agro enriquecem, mas ficam devendo em eficiência
A comercialização da safra disponível chegou a 69,70% da produção estimada em agosto.
De acordo com os dados do Imea, o avanço de 11,61 pontos percentuais (p.p.) em agosto ante julho, esteve atrelado à melhora nos preços disponíveis no estado, que foram sustentados pelo dólar e a demanda aquecida.
Sendo assim, o preço do milho em agosto fechou na média de R$ 41,63/sc.
Vale destacar que os negócios da safra 2023/24, pela primeira vez, ultrapassaram os negócios realizados na safra 2022/23, para o mesmo período do ano.
Já no que se refere a 2024/25, os negócios avançaram 4,07 p.p. em agosto ante julho e chegaram a 11,36% da produção estimada.
Esse incremento nas vendas também esteve atrelado à melhora nos preços futuros, que fecharam na média de R$ 39,52/sc, alta de 2,03% ante julho.
Assim, quando comparado com o mesmo período da safra passada, a comercialização da 2024/25 está à frente, mas continua atrasada ante a média dos últimos cinco anos em 16,54 p.p.
Fonte: agrnoticias.com.br