Presidente do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) em Mato Grosso, deputado Carlos Avallone, lamentou o episódio de agressão envolvendo o correligionário, José Luiz Datena (PSDB-SP) e Pablo Marçal (PRTB), em um debate com os candidatos a prefeito de São Paulo, no último domingo (15). Na ocasião, Datena agrediu Marçal com uma cadeirada.
Ao comentar a cena, o tucano expressou sua insatisfação com o nível dos debates na capital paulista, classificando o episódio como um “desfavor à política” e afirmando ser contrário a qualquer tipo de agressão física.
“Primeiro, eu acho que o debate em São Paulo está de baixíssimo nível, né. É um absurdo, é um desfavor à política, tudo que está acontecendo nos debates em São Paulo. Eu, logicamente, sou contra qualquer tipo de agressão física”, disse Avallone.
A agressão em questão aconteceu depois que Pablo Marçal questionou Datena. O candidato do PRTB perguntou ao apresentador quando ele pararia com a “palhaçada” e desistiria da candidatura. Antes, ele havia citado uma denúncia de assédio sexual contra Datena.
Diante da polêmica que repercutiu nas redes sociais e em vários veículos de imprensa, o dirigente criticou o ambiente hostil que os debates podem gerar nos próximos encontros, já que Datena e Marçal devem se encontrar em mais 6 debates antes das eleições. “O PSDB não vai retirar a candidatura do Datena. O Marçal deve processar ele e eles vão se encontrar em mais 6 debates. Aí você imagina o nível que vai ser”, acrescentou.
O presidente do PSDB em Mato Grosso também comentou que não vê trégua na animosidade de ambos. Ele ponderou que a política, ao sair da normalidade, transforma-se em ataques pessoais e agressões, o que se torna ainda mais danoso com a rápida repercussão na internet.
Quanto às consequências para Datena, Avallone observou que, embora ele provavelmente enfrente processos na esfera criminal e civil, não deve haver punição eleitoral. “No eleitoral ele continua candidato”, pontua.
Fonte: www.gazetadigital.com.br