Candidata a vice-prefeita de Cuiabá na chapa de Domingos Kennedy (MDB), Mirian Calazans (PDT) é ré por corrupção passiva em uma ação penal sob acusação de subornar um servidor público em benefício próprio. A ação de 2019 aponta que Mirian seria uma das participantes de esquema de corrupção na Prefeitura de Cuiabá, ainda em 2012.
As investigações apontam que o servidor Cosme Ridoval Gonçalves Manso recebia propina quando atuava no cargo de assistente administrativo na Coordenadoria de Cadastro Imobiliário da Prefeitura de Cuiabá. O valor era para aprovar projetos imobiliários e documentos como o “habite-se”.
Interceptações telefônicas apontam que uma das beneficiadas foi Mirian Calazans, que pagou o servidor para que seus processos tivessem andamento. Em depoimento, ela confirmou que efetuou pagamentos no valor entre R$ 30,00 e R$ 300,00. O pagamento, segundo ela, ocorreu via Joelson Soares de Carvalho, que era despachante na época.
Além de Mirian, Rodival e Joelson, também são réus Adaíde Marques do Espírito Santo, Waldir dos Santos, Orlando Rodrigues da Silva e Daniel Kamil Fares.
Na segunda-feira (16), o juiz da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, João Filho de Almeida Portela, determinou a realização de audiência de instrução sobre o caso para os dias 6 e 7 de maio de 2025. Na mesma decisão, ele rejeitou os pedidos das defesas para que o processo fosse arquivada, sob argumento de que a denúncia seria genérica.
Mirian Calazans chegou a ter o seu pedido de registro de candidatura rejeitado pela Justiça Eleitoral por pendências como a não realização de biometria. Porém, conseguiu reformar a decisão no Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), desde que regularize a situação eleitoral antes da diplomação.
Outro lado
A assessoria da chapa negou qualquer ato ilegal da candidata e encaminhou a seguinte nota:
– A candidata refuta de forma veemente a acusação de pagamento ou oferta de vantagem indevida a servidores públicos municipais.
– Miriam é contabilista e na prestação de serviços sempre prezou por uma atuação ética, idônea e em conformidade com a lei.
– Neste processo em que é citada, foi contratada para assessorar a abertura de um estabelecimento na Capital, por conta de sua vasta experiência e competência.
– Miriam afirma que, durante o cumprimento das funções para as quais foi contratada, jamais praticou atos ilegais ou realizou qualquer tipo de negociação que ao menos se aproximasse de manchar sua vida pessoal e profissional.
– Miriam destaca ainda que, ao aceitar o convite para ser candidata a vice-prefeita de Cuiabá, apresentou toda a documentação exigida, inclusive as certidões antecedentes criminais, que possui o Nada Consta.
– Por fim, a candidata está se defendendo nos autos do processo e tem a plena certeza que conseguirá provar a improcedência da ação.
Fonte: www.gazetadigital.com.br