Corpo de um homem ainda não identificado foi encontrado em uma lavoura de milho, em uma fazenda, próximo da MT-140, em Sinop (500 km ao norte de Cuiabá), na manhã desta quinta-feira (5). Perícia Oficial (Politec) e Polícia Civil apuram se a vítima é o jovem de 18 anos sequestrado por faccionados no dia 29 de agosto na cidade.
De acordo com as informações apuradas pelo GD, Polícia Militar foi acionada por volta das 8h30, assim que o funcionário da fazenda encontrou o corpo. Ele é operador de máquina e, ao passar com o trator na plantação, visualizou o cadáver.
Trata-se de um homem, que estava enrolado em um lençol. Vítima ainda estava com as mãos amarradas e um pedaço de corna do pescoço. Devido ao estágio de decomposição, não foi possível identificar lesões no corpo.
Cena do crime foi isolada para os trabalhos da Polícia Civil e perícia. Corpo foi encaminhado para exames no Instituto Médico Legal (IML), que vai apontar a causa da morte, bem como trabalhar na identificação da vítima.
Foi destacado ainda que a vítima usava botinas parecidas com quem trabalha em construção civil, reforçando indícios de que pode ser o jovem de Minas Gerais, que chegou em Sinop para trabalhar na área e foi sequestrado na última semana.
Roubo e sequestro
Conforme já divulgado pelo GD, Polícia Civil foi comunicada sobre o crime na noite de quinta-feira (29). Ao todo, 8 homens chegaram na cidade no começo da semana para trabalhar. Eles são de Minas Gerais.
Para isso, a empresa alugou uma casa como alojamento da equipe no bairro Bom Jardim. Na noite de quinta, ao menos 8 criminosos encapuzados invadiram o local, sendo que 5 estavam armados.
Eles renderam as vítimas e as dividiram em dois grupos. Um ficou na sala do alojamento e outro foi levado para um dos quartos. Lá, os criminosos afirmaram que Minas é área do PCC, rival do CV, “quem comanda Mato Grosso”, agredindo os homens.
Três vítimas foram levadas da casa para um barraco nas proximidades. Lá, foram agredidos com chutes e coronhadas. As agressões duraram cerca de 4 horas.
Nesse período, os faccionados fizeram chamada de vídeo com lideranças do CV, onde o tribunal do crime começou a julgar se liberava as vítimas ou as matava.
Duas delas foram soltas, com a orientação de que eles tinham 40 minutos para sumir no mato. Já o jovem de 18 anos ficou refém dos bandidos, que vasculharam o celular dele e fizeram questionamentos sobre uma tatuagem de caveira.
Depois disso, ele não foi mais visto.
Fonte: www.gazetadigital.com.br