Tradicional no calendário da cidade, projeto que propõe uma imersão cultural na região central acontece neste sábado e domingo
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Neste ano, o evento se estende desde a praça Rui Barbosa, em frente à Praça da Estação, atualmente em reforma, até a Praça Raul Soares, que pela primeira vez entra no circuito, passando também, é claro, por destinos já tradicionalmente ocupados pela VCBH, como o Viaduto Santa Tereza, o Parque Municipal e a Praça Sete.
Diante de tantas possibilidades, a reportagem de O TEMPO preparou um roteiro que, pautado pela diversidade, pode te ajudar a fazer escolhas acertadas no evento, explorando desde apresentações musicais de diferentes gêneros até atrações de artes visuais e performances. A programação completa pode ser acessada neste link.
Um parque para MPB, filmes, performances e infância
O Parque Municipal de BH acolhe dois palcos, um circuito e um espaço, além de percursos, com atividades da Virada Cultural que miram, principalmente, novos nomes da música mineira e brasileira, além abrir espaço para exibição de filmes, atrações infantis e performances. Veja alguns destaques:
Palco Fecomércio
Sábado
- 20h – Di Souza, personalidade do Carnaval Belo Horizontino, se une ao projeto Percussão Circular em uma apresentação que passeia pelo forró, samba e maracatu.
- 21h30 – Na sequência, a artista afro-indígena Héloa ocupa o espaço com ao grupo Sabuká Kariri-Xocó, ao som de maracas, vozes e tambores.
Domingo
- 13h – No segundo dia de evento, o espaço recebe a banda belo-horizontina Graveola, que convida a cantora Júlia Branco para um show intimista, que privilegia os arranjos vocais.
- 14h20 – A multi-instrumentista, cantora e compositora, Nath Rodrigues, vencedora do prêmio Flávio Henrique de melhor canção, distribuído pelo BDMG Cultural em 2023, dá sequência à programação.
- 17h30 – Um dos headlines do evento, Lenine e Marco Suzano sobem ao Palco Fecomércio encerrando as atividades da Virada. No show, eles apresentam o repertório do álbum “Olho de Peixe”, que os projetou há 30 anos.
Palco Chico Nunes
Sábado
- 20h25 – Também no Parque Municipal, o Palco Chico Nunes recebe o show Coral canta a Bahia. A artista, nascida em Jequié, no interior da Bahia, e radicada em Belo Horizonte, recria diversos ritmos como samba, maracatu, coco, reggae, ijexá, funk, MPB e pop, emoldurando uma poesia engajada.
- 21h55 – Na sequência, a banda Diplomattas realiza um espetáculo que dialoga com o cinema e com a ancestralidade, interpretando sucessos das trilhas sonoras de grandes filmes mineiros como “Marte Um”, de Gabriel Martins, e “No Coração do Mundo”, de Gabriel Martins e Maurílio Martins, ambos da produtora Filmes de Plástico, que celebra 15 anos em 2024. No repertório também entram canções icônicas da música negra brasileira e internacional.
Domingo
- 11h10 – O Palco Chico Nunes acolhe a nova performance do artista Ricardo Aleixo, em estreia mundial na Virada Cultural de BH. Na apresentação, ele parte da experiência vivida em uma viagem à África, mote do seu mais recente livro, “Tornei de Luanda um kota”, recorrendo à voz falada e cantada, à guitarra e ao violão de sete cordas de Alvimar Liberato, e a paisagens sonoras gravadas em cidades pelas quais passou nos últimos anos.
- 15h55 – No mesmo espaço, a mineira Luiza Brina apresenta seu quarto e mais recete álbum, “Prece”, em que faz da música sua religião. Com proposta mais intimista, ela é acompanhada de seu violão e pedais, com colaboração do tecladista Lucas Ferrari.
- 17h05 – A profícua compositora e multi-instrumentista Carla Sceno, natural de Viçosa, na Zona da Mata, que contabiliza mais de 250 músicas escritas, encerra o programa do dia.
Praça dos Patins
Sábado
- 22h05 – Para quem busca novas sonoridades, grupo Matecitos passeia, na Praça dos Patis, pela América Latina, interpretando canções de nomes como Mercedes Sosa, Jorge Drexler e Chabuca Granda.
Domingo
- 1h05 – Na madrugada, Thaís Felicori e banda, composta apenas por mulheres e pessoas não binárias, fazem releituras de clássicos de Luiz Gonzaga, o rei do baião.
- 9h30 – Pela manhã, o espaço é tomado por atrações infantis, começando pela fanfarra e as brincadeiras interativas e circenses da Cia Gêmea, que apresenta o espetáculo “A Alegria do Circo”.
- 10h45 – Já o educador musical Flávio Cravo chega, em seguida, ao local oferecendo uma experiência que envolve o cantar, o tocar e o brincar, sempre a partir de canções pensadas para estimular o desenvolvimento sensório-motor infantil.
- 14h30 – Para toda família, o aulão-espetáculo Dança Afro na Rua pretende ser um momento para quem quer aprender passos de danças afro-brasileiras, além de marcar a celebração dos 43 anos de carreira do dançarino, coreógrafo e pesquisador Evandro Passos.
Espaço Gui Fiuza
Também no Parque Municipal, a Virada Cultural realiza uma homenagem ao cineasta mineiro, Guilherme Fiúza, que faleceu em 2024. No espaço, que recebe o nome dele, serão exibidas duas de suas obras, a animação “Chef Jack – O cozinheiro aventureiro”, de 2023, a partir de 19h05, e o longa “O Menino no Espelho”, de 2014, adaptação do livro de Fernando Sabino, a partir de 20h45.
Viaduto do hip-hop, funk, rock e pop
Neste ano, o Palco Viaduto, em baixo do Viaduto Santa Tereza, na rua Aarão Reis, recebe dois festivais: um deles, o BH Stone, indo de 19h às 2h, é voltado para a cena do rock, prestigiando as bandas independentes; e outro, chamado Festival Fora de Cena, de 2h às 10h10, tem foco no funk. Estreante desta edição, o lugar recebe o Skate Fighter, de 13h às 17h, novo projeto da Família de Rua. O espaço também recebe atrações clássicas da Virada Cultural de BH, como:
Domingo
- 10h40 – A Batalha P7 enaltece a cena do rap na cidade
- 13h40 – O tradicionalíssimo Campeonato Interdrag de Gaymada, realizado pela Cia. Toda Deseo, também é realizado no lugar
Forró e música eletrônica ao redor do obelisco
Na Praça Sete, o Palco Festas recebe três festas eletrônicas belo-horizontinas e uma batalha de Voguing, a “Cat Fight”, do coletivo Magnata$, marcada para 20h, enquanto o Palco Forró, como o nome sugere, é um convite para 25 horas de baião, xote, xaxado, coco, embolada, arrasta-pé e rojão.
Domingo
- 3h – Antes da sequência de festas eletrônicas, a cantora e compositora Paige realiza um show em que transita entre o R&B, o pop e o hip-hop.
- 3h40 – O “Trem da Virada” chega sob o comando da TREMBASE, destacando a cena eletrônica independente
- 8h40 – Estreante no evento, a 101Ø apresenta um showcase com DJs residentes e convidados mineiros.
- 13h40 – Por fim, celebrando 15 anos, a @bsurda, uma das maiores festas LGBTQIA+ de Minas, aposta no pop.
Um pedaço de samba na cidade
Pela primeira vez incluída no circuito da Virada Cultural de BH, a Praça Raul Soares se torna a Praça do Samba neste fim de semana. O gesto pode ser lido como um reconhecimento duplo, exaltando, de um lado, a força que as rodas de samba e de choro foram ganhando na cidade nos últimos anos, e, de outro, a importância da região da Raul Soares, circundada de espaços representativos da cidade, como o Mercado Central, o Mercado Novo e a Galeria São Vicente.
Sábado
- 19h30 – Homenageando Chiquinha Gonzaga, o grupo Chorosas faz o show “Ô abre alas que elas vão tocar”.
- 23h15 – Já o Choro do Jura – Beagá tem Choro apresenta uma versão com canções apenas de compositores belo-horizontinos
Domingo
- 12h25 – O cantor e compositor Toninho Geraes, que lançou o álbum “Aluayê, Os Novos Afro-Sambas”, em 2022, se apresenta com Chico Alves
- 13h50 – Na sequência, quem chega é a belo-horizontina Adriana Araújo, artista que vem se consolidando na cena das rodas de samba de BH.
Pop, funk, rap e… Carnaval
A Praça Rui Barbosa, em frente à Praça da Estação, abriga, neste fim de semana, o Palco Vivo, que recebe artistas em apresentação solo, no formato banda e até em blocos de Carnaval.
Sábado
- 20h – Em carreira solo, Marcelo Tofani, ex-Banda Neon, apresenta um show com músicas inéditas, além de incluir composições presentes do seu primeiro álbum, “Fantasia de um amor perfeito”, de 2023.
- 21h40 – Um dos headlines do evento neste ano, a banda belo-horizontina Lagum, uma das revelações do pop rock nacional, apresenta, na Virada Cultural de BH, sua nova incursão musical, o projeto Ao Vivo.
- 23h40 – Na sequência, a nova safra de funkeiros mineiros sobe ao palco, começando com Vitin da Igrejinha, autor de sucessos como “Baile no Morro”
Domingo
- 0h10 – Madrugada adentro, MC Laranjinha, artista que fez o funk de BH chegar ao Grammy Latino, se apresenta no lugar.
- 1h10 – Em seguida, a cantora, compositora, beatmaker e produtora musical Iza Sabino, revelação do rap nacional, assume o comando
- 16h25 – Durante a tarde, os foliões mais ansiosos podem matar um pouquinho da saudade do Carnaval de BH com a banda Truck do Desejo, que surgiu a partir do bloco homônimo
- 17h55 – Ainda em ritmo carnavalesco, o Bloco Swing Safado encerra as atividades com uma performance que mescla sucessos populares e músicas autorais
Fonte: otempo.com.br