Apesar da forte pressão em torno do Palácio Paiaguás, o governador Mauro Mendes (União) deixou claro que não vai tomar, no momento, nenhuma decisão em relação ao candidato que vai apoiar na disputa ao Senado Federal nas eleições de 2022. O palanque do chefe do Executivo vem sendo cortejado pelo deputado federal Neri Geller (PP) e do senador Wellington Fagundes (PL).
Durante entrevista nesta segunda-feira (21), o governador reiterou que só vai solucionar o impasse após decidir se será candidato ou não à reeleição. O chefe do Executivo, inclusive, foi enfático ao dizer que já deixou seu posicionamento claro nos bastidores.
“Nenhuma candidatura é atrelada entre si. Eu acho que meu tempo é o meu tempo. A minha prioridade é continuar trabalhando para o cidadão mato-grossense. O meu tempo é da legislação brasileira e do calendário eleitoral. A decisão de candidatura ou não se toma nas convenções. Até lá só se faz construção de candidatura”, disse.
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Nome mais influente na disputa estadual, Mendes vem sendo pressionado por seu grupo político e pela sigla de Fagundes para abraçar um dois projetos.
Recentemente, o chefe do Executivo se reuniu com presidente nacional do partido de Fagundes, Valdemar Costa Neto. O encontro despertou insatisfações dentro do grupo que integra a base aliada do governo e apoia o projeto de Neri.
Por sua vez, o gestor foi categórico ao afirmar que não tem compromisso com nenhum candidato e rebateu os rumores de que o encontro sinalizaria uma traição com o seus aliados.
“Traição é quando você se compromete com alguma coisa e muda. Eu nunca prometi nada e nem disse nada a ninguém. Nunca fiz compromisso com Wellington e nem com Neri. Ambos são maiores de idade, sabidos na política e sabem construir seu caminho. Eu não tenho obrigação de definir na hora que as pessoas querem definir”, acrescentou.
No fim, Mendes também comentou sobre a reunião marcada com o grupo de Neri no Palácio Paiaguás e reiterou que nenhuma decisão será tomada por hora.
“Vamos bater um papo, a gente conversa e faz análise do cenário político. Eu disse ao Wellington e a Neri: vocês constroem o caminho de vocês e em algum momento eu vou decidir se serei ou não candidato. Ai o próximo passo será construir as alianças para Senado, vice e outras formações”, concluiu.
Fonte: gazetadigital.com.br