Pelo menos nove ministros deverão deixar seus cargos para disputarem cargos na eleição deste ano. Nesta quinta-feira (17),presidente Jair Bolsonaro fechou os nomes os ministros que vão deixar o primeiro escalão até o fim do mês, quando haverá uma reforma ministerial.Pelas regras eleitorais, os ministros têm até 2 de abril para deixar os cargos e poderem disputar o pleito de outubro deste ano. Esses ministros estão de saída do governo porque vão disputar uma vaga no Senado ou nos governos estaduais nas eleições de outubro
PRÉ-CANDIDATOS
Vão deixar o governo para se candidatar: Tarcísio Freitas (Infraestrutura)Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos)João Roma (Cidadania)Flávia Arruda (Secretária de Governo)Tereza Cristina (Agricultura)Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional)Gilson Machado (Turismo)Onyx Lorenzoni (Trabalho)Braga Netto (Defesa), que deverá ser o vice de Bolsonaro nas eleições.
TROCA DE CADEIRAS
Como sempre acontece em ano de disputa eleitoral, a tendência na maioria das trocas é assumir a pasta algum executivo que já esteja na atual estrutura dos ministérios. É o caso, por exemplo, da Agricultura, em que o secretário-executivo, Marcos Montes, tem apoio da bancada ruralista.Na Defesa, a mudança é considerada mais estratégica. Bolsonaro estuda o colocar o comandante do Exército, Paulo Sérgio Nogueira, à frente da pasta.Com isso, iria para o comando do Exército o atual comandante de Operações Terrestres da Força, general Freire Gomes, nome considerado alinhado ao bolsonarismo.Em outros ministérios, ainda há indefinição sobre os substitutos, porque partidos aliados como o PP e o PL, sigla de Bolsonaro, querem ocupar mais espaço.
DEU NA MÍDIA
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia vem tomando o lugar da pandemia da Covid-19 no ranking de temores do brasileiro. É o que diz uma pesquisa divulgada pelo instituto Ipespe. Segundo o levantamento, o medo da ampliação do conflito atinge 65% dos brasileiros, enquanto os que ainda estão “com muito medo” do coronavírus somam 15%, abaixo dos 23% analisados na medição anterior.Para o sociólogo e cientista político Antonio Lavareda, “os números são explicados pela centralidade na mídia da guerra na Ucrânia, acompanhada do recuo da quantidade de casos e o anúncio da desativação de medidas restritivas em várias cidades”. Aqueles que disseram não terem “medo” do vírus aumentaram de 38% para 48%.
PAUTA FORTE
Muito ruído em torno do nome do novo diretor-geral da Polícia Federal que mudou o responsável por investigar políticos. Há 11 meses à frente da Diretoria de Combate ao Crime Organizado e à Corrupção, o delegado Luiz Flávio Zampronha será substituído por Caio Pellim, que desde o ano passado era o superintendente regional da Polícia Federal no Ceará.Caberá agora ao paulista Pellim, de 42 anos, tocar a equipe responsável pelos inquéritos que investigam Jair Bolsonaro, assim como outros políticos, incluindo filhos do presidente. Zampronha, que agora deixa o cargo, é conhecido por ter sido o responsável na PF pelas investigações do mensalão e da Operação Spoofing, que dois anos atrás prendeu, os hackers que invadiram os celulares de dezenas de autoridades, entre elas, os procuradores da Lava-Jato e Sergio Moro.
Fonte: atribunamt.com.br