MT: ‘DIA DA TRAIÇÃO’: Emanuel dispara que venda de vagões é ‘facada nas costas’

MT:  ‘DIA DA TRAIÇÃO’:  Emanuel dispara que venda de vagões é ‘facada nas costas’
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O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), afirmou que o dia 19 de junho é o “Dia da Traição” a data marca a oficialização da venda dos vagões do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) para a Bahia, o que o gestor classifica como “apunhalada nas costas”. O Estado de Mato Grosso irá receber R$ 793 milhões pelos 40 vagões em 4 parcelas anuais a serem quitadas em 2027.

Segundo informou o Estado, o valor recebido será direcionado para as obras do Bus Rapid Trânsit (BRT), em andamento em Cuiabá e Várzea Grande. O transporte substitui o VLT, idealizado para a Copa do Mundo de 2014 e que estava abandonado há uma década.

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“Para Cuiabá é um dia triste, um dia melancólico. Ontem foi o dia da traição, quando Cuiabá foi apunhalado pelas costas com a venda dos vagões. Esses vagões são nossos, pagos pela população cuiabana, mantidos há mais de 10 anos. Por incompetência ou falta de interesse não colocaram esse VLT em operação, mas população cuiabana continuou mantendo os vagões intactos, em perfeito estado de conversação, tanto é que a Bahia comprou. Aí eu pergunto: se serve para salvador, por que não serve para Cuiabá?”, declarou o prefeito em evento na tarde desta quinta-feira (20).

Para ele, era perfeitamente possível terminar o VLT entre as duas cidades. Desde que o governador Mauro Mendes (União) decidiu pela troca, em 2020, o emedebista tem se mantido irredutível na defesa do transporte sobre trilhos. O caso chegou a ser judicializado e o Estado saiu autorizado a iniciar o BRT na Capital, mesmo sem as devidas licenças da Prefeitura de Cuiabá.

Diante do cenário, Emanuel insistiu no VLT Cuiabano, que foi apresentado ao governo federal que sinalizou positivamente, mas não há perspectiva de saída do papel.

“Vamos continuar lutando pelo que é melhor para Cuiabá. Temos o projeto do VLT Cuiabano, como um todo. Aquele sonho que nasceu com a Copa do Mundo foi enterrado. Agora, com a venda para o governo baiano, comprova tudo o que falamos: que os vagões estavam em bom estado, perfeito para serem usados”, pontua.

Além de mencionar que aquele “sonho do VLT” acabou com a venda dos vagões. O prefeito pontua que é “estranha” a tramitação sigilosa do processo que trata de obra pública.

“Achei estranho, até mesmo como advogado, achei estranho. Mas claro que isso será esclarecido e alvo de provocações por parte da população e das autoridades para entender porque foi decretado sigilo um processo tão importante. Por ser público ele tem a transparência total”, declarou.

Emanuel era deputado estadual quando o VLT começou a ser implantado em Cuiabá e foi investigado pelo recebimento de “mensalinho” na época. Consta na delação do ex-governador Silval Barbosa que os parlamentares recebiam valores para aprovar os projetos do Estado em tramitação na Assembleia Legislativa, entre eles obras da Copa. Emanuel está entre eles e apareceu colocando maços de dinheiro no bolso do paletó. Ainda não houve julgamento do caso.

Fonte:  gazetadigital.com.br


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