Julgamento deverá ser no fim do mês; Emanuel é acusado de desvios na Saúde Pública
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) adiou o julgamento do recurso que poderia culminar em um novo afastamento de Emanuel Pinheiro (MDB) da Prefeitura de Cuiabá.
A previsão era de que o recurso do Ministério Público Federal (MPF), que visava a derrubar a decisão que garantiu o retorno do emedebista do cargo, fosse apreciado nesta quarta-feira (16), em sessão virtual da Corte.
No entanto, o STJ retirou o recurso da pauta de julgamento, atendendo a um pedido do Ministério Público.
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Com isso, a expectativa é de que ele volte a ser discutido somente no fim deste mês.
Agora, o julgamento se dará em sessão presencial.
Além de pedir a retirada de pauta, o MPF ainda solicitou que o recurso passasse a tramitar em segredo de Justiça.
O pedido também foi acatado.
A expectativa era de que Emanuel acompanhasse o julgamento fora do cargo, tendo em vista que entrou de férias no último dia 14, dois dias antes do início do julgamento.
Apesar de não admitir, a intenção do prefeito era evitar um desgaste maior à sua imagem, já que tem articulado a formação de um grupo político que respalde um suposto projeto político-eleitoral com vistas a disputar a eleição para o Governo de Mato Grosso.
O prefeito reassume o comando do Palácio Alencastro no próximo dia 28.
Desta forma, o julgamento deverá ocorrer com ele no exercício do cargo.
ESQUEMA – Emanuel Pinheiro foi afastado do cargo em 19 de outubro do ano passado, no âmbito da Operação Capistrum.
Ele é investigado por utilizar contratações temporárias da Secretaria de Saúde da Capital como “canhão político” para comprar o apoio de vereadores.
Além disso, ele ainda é acusado de realizar o pagamento do chamado “Prêmio-Saúde”, sem qualquer critério.
O afastamento foi determinado pelo desembargador Luiz Ferreira da Silva, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
Já no dia 29 do mesmo mês, o prefeito sofreu um novo afastamento. Desta vez, por três meses, pelo mesmo fato.
A medida se deu no âmbito de uma ação civil pública, no contexto das mesmas acusações oriundas da Operação Capistrum.
Fonte: diariodecuiaba.com.br