Fabiana novamente bate na tecla de que houve irregularidades em contrato para a realização do Festival de Inverno
Receber críticas faz parte do ‘jogo democrático’,principalmente quando se trata de alguém público, porém, a vereadora de Chapada dos Guimarães, Fabiana Nascimento de Souza, a Fabiana Advogada (PSDB), parece se intimidar quando questionada sobre seutrabalhoparlamentar.
Talvez em um desespero por busca da reeleição, ela entrou em contato com a redação do jornal Centro Oeste Popular, questionando matérias apontando sua baixa produtividade na Câmara, e mais, sugerindo que o periódico fizesse uma matéria sobre supostas denúncias contra o prefeito Osmar Froner (UB).
Fabiana novamente bate na tecla de que houve irregularidades em contrato para a realização do Festival de Inverno, que movimentou a cidade e reuniu mais de 254 mil pessoas, gerando emprego e renda ao município.
Conforme a vereadora, houve gastos exagerados durante o festival, apontando que entre os gastos mais absurdos estaria a contratação da empresa Sette Locaçãode Som, Luz e Palco Ltda, no valor de R$ 14,7 milhões (veja extrato do contrato), razão social da Lade Som, uma das maiores do ramo em atividade em Mato Grosso.
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Para a vereadora, além do valor ser exagerado, tais serviços contatados junto a empresa Sette, não se justificam pois não existia demanda para tanto, já que no município, existe apenas um grande evento anual,o Festival de Inverno.
Porém, a contratação de artistas nacionais para a 36ª edição do Festival de Inverno de Chapada dosGuimarães,realizado pela prefeitura local, custou aos cofres públicos, na verdade, R$ 6,1 milhões. Nomes consagrados da música brasileira, como Jota Quest, Bruno e Marrone, Paralamas do Sucesso, Roupa Nova fizeram parte da programação. Os valores em sua maioria vieram de emendas do deputado estadual Max Russi(PSB) e do federal Juarez Costa (MDB) – num total de R$ 4,5 milhões – além disso, o governo do Estado aportou outrosR$ 1,3milhão.
Quando do pedido de informações por parte de Fabiana, o então secretário municipal de gabinete, Gilberto de Mello, encaminhou à Câmara as respostas ao requerimento sobre as contas do megaevento, quando apontou que os 14 artistas nacionais levaram em média R$ 253 mil, num total de R$ 3,543 milhões, sendo que o show mais caro foi de Bruno e Marrone – R$ 580 mil. Enquanto isso, cerca de 30 artistas e Mato Grosso levaram ao todo R$ 866 mil-média de R$ 28mil por show. Se os valores pagos aos artistas e à estrutura do evento (R$ 6,1 milhões) fossem dividi dos com os 18.990 moradores da cidade, cada um teria um pix de R$ 321. Segundo informações do IBGE, o município ocupa o 5.570º lugar no país com o pior IDEB e figura no 105º lugar no Estado com notas de 5,2 e 4,5 (anos iniciais e finais respectivamente). Além disso, na saúde há uma média de 19,01 óbitos por mil nascidos vivos, enquanto a média brasileira não ultrapassa dos 12 óbitos.
Além dos já renomados artistas citados, o megaevento também contou com shows de Ana Carolina, Guilherme & Santiago, Péricles, Ira, Henrique & Diego, Murilo Hulff e Bárbara Labres, fizeram parte da eclética programação. E a ala evangélica, não ficou de fora e contou com apresentações dos cantores gospel Fernandinho e Padre Fábio de Melo.
Como se nota, Fabiana quer reviver a velha denúncia para “ganhar mídia”, como já apontado pelo CO Popular. Ela corre sérios riscos de não se reeleger em Chapada dos Guimarães. Mesmo fazendo um ‘balão de ensaio’ com uma possível pré-candidatura a prefeita, o trabalho de pouca expressão no Legislativo não deve garantir sequer que ela consiga novamente uma cadeira na Câmara Municipal.
Embora tenha escapado do processo de cassação, a parlamentar não deverá passar pelo julgamento das urnas em outubro, quando o eleitor vai escolher seus novos representantes no Legislativo chapadense.
Enquanto isso, Fabiana insiste em se colocar como pré-candidata à Prefeitura, mesmo amargando baixa pontuação nas pesquisas eleitorais. Agora, se uniu aos oposicionistas empresários Paulinho Kero Mais (PSB) e Ricardo Sarmento (MDB) onde teriam realizado um suposto pacto de lançar à Prefeitura aquele que estiver melhor nas pesquisas de opinião, tudo para tentar se manter em evidência, mesmo com os fortes comentários nos bastidores políticos chapadenses de que o atual posicionamento não passa de um ‘balão de ensaio’.
Fonte: copopular.com.br
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