Dezenas de estudantes da Universidade Católica do Chile protestaram na quinta-feira (9) em frente à sede da instituição, em Santiago, para exigir o fim das relações com universidades israelenses “envolvidas em crimes de guerra e violações dos direitos humanos”, afirmou o conselho de administração da federação de estudantes da instituição (FEUC) em uma publicação da X
“O que pedimos ao reitor Ignacio Sánchez é que corte relações com o Instituto de Tecnologia de Israel, a Universidade de Tel Aviv e a Universidade Hebraica de Jerusalém, com as quais a nossa universidade mantém acordos relacionados com intercâmbios estudantis e temas de investigação acadêmica”, pontuou a presidente da FEUC, Catalina Jofré, à CNN.
“Estamos avaliando replicar o que está acontecendo em outros países, como os acampamentos em universidades dos Estados Unidos”, acrescentou Jofré, que informou que continua em contato com a Confederação dos Estudantes Chilenos (Confech) e também com diversas universidades estrangeiras para coordenar novas mobilizações.
Por sua vez, o reitor da Universidade Católica, Ignacio Sánchez, destacou em comunicado que os estudantes “são livres de apresentar as suas posições de forma pacífica e respeitosa, como têm feito até agora”.
“Sempre estivemos abertos ao diálogo para expressar os nossos argumentos com respeito e nobreza, a fim de contribuir para o país e promover este entendimento necessário no conflito do Oriente Médio”, colocou.
Sánchez acrescentou que “o conflito no Oriente Médio tem sido motivo de preocupação desde o início na nossa universidade” e que a instituição tem “uma longa história de colaboração acadêmica com as universidades da Palestina e de Israel em várias áreas”.
Esses acordos permitiram o desenvolvimento estudantil e acadêmico e também servem de ponte entre instituições na zona de conflito.
“Consideramos muito importante que as universidades construam pontes de diálogo e colaboração nesta área de conflito, para buscar caminhos de paz, compreensão e colaboração em benefício da população”, destacou.
A FEUC estima que há cerca de 1.500 membros da comunidade palestina na Universidade Católica do Chile.
Fonte: cnnbrasil.com.br