O cacique Raoni, líder indígena da etnia caiapó, criou uma saia (ou uma tanga) justa ao se declarar contra a construção da Ferrogão, estrada de ferro prevista para ligar Mato Grosso ao Pará, no transporte de grãos.
Na noite do último dia 26, ele recebeu,en Belém (PA), a Legião de Honra, mais alta honraria francesa, durante a visita oficial do presidente Emmanuel Macron ao Brasil.
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Na cerimônia de condecoração, o líder indígena cobrou o presidente Lula (PT), que esteve presente, por ações contra o desmatamento e pediu que o Governo barre o projeto de construção da Ferrogrão.
“Quero pedir que vocês não aprovem o projeto de construção de ferrovia Sinop a Miritituba, mais conhecida como Ferrogrão”, apelou Raoni.
O projeto de ferrovia visando à exportação passa pelo território amazônico, incluindo áreas protegidas.
A declaração foi feita após a cerimônia de condecoração, durante a passagem de Macron à comunidade ribeirinha na Ilha do Combu, em Belém (PA).
Raoni, agora, tenta se explicar e entrou na mira do governador Mauro Mendes (União), que considerou o cacique “incoerente“.
MM achou “estranho” o fato de o líder indígena ter detonado a Ferrogrão justamente após ter conversado com o presidente francês.
Fonte: diariodecuiaba.com.br