AGUARDA SENTENÇA PRESO: Líder espiritual nega acusações e tenta culpar vítimas por abusos em audiência de 11 horas

AGUARDA SENTENÇA PRESO: Líder espiritual nega acusações e tenta culpar vítimas por abusos em audiência de 11 horas
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Justiça manteve a prisão do líder espiritual Luiz Antônio Rodrigo da Silva, acusado de abusar sexualmente de 14 mulheres, em sessões religiosas em Cuiabá. Segundo a acusação, o suposto médium ainda tentou “culpar” as vítimas durante julgamento que terminou na madrugada desta quarta-feira (8), na 8ª Vara Criminal de Cuiabá.

Conforme apurou o gazetadigital, a audiência, que iniciou às 15h30 de terça-feira (7), só foi finalizada por volta das 2 horas, após as vítimas e Luiz Antônio serem ouvidos. Atendendo ao pedido da defesa delas e da Defensoria Pública de Mato Grosso, ele vai permanecer recluso até o juiz decidir pela condenação ou absolvição.

Durante a sessão, as mulheres que denunciam o suposto religioso se emocionaram ao recordar dos abusos. Já Antônio, segundo testemunhas, demonstrou extrema frieza, buscou se vitimizar, negando veementemente as acusações.

Agora, a acusação e defesa irão apresentar as últimas considerações à Justiça para que o magistrado possa concluir o julgamento nos próximos dias. De acordo com a advogada Karime Dogan, serão anexadas cópias do inquérito policial, provas robustas, além dos depoimentos prestados na audiência.

“Saímos muito satisfeitas de sessão, diante da manutenção da prisão. As meninas estão muito aliviadas e agora aguardam pela sentença condenatória e que ele cumpra a pena na prisão. As vítimas agradecem o apoio da mídia, da sociedade, de políticos importantes e do Judiciário, que conduziu essa audiência de forma muito humanizada, garantido todos os direitos, tanto das vítimas quanto do acusado”, disse ao  gazetadigital.

O caso
Conforme as denúncias, Luiz aproveitava sessões de “aconselhamentos” para praticar o crime. Ele pedia que as vítimas ficassem sem roupas para um ritual de “lavagem” espiritual. Elas eram acariciadas, abraçadas, apertadas, beijadas até que ele ficasse excitado.

O líder religioso está preso desde 28 de setembro do ano passado. Ele chegou a ingressar com recurso para se livrar da prisão em instâncias superiores, porém o pedido foi negado.

O caso gerou comoção e revolta, inclusive no meio político. A Secretaria Estadual de Mulheres do Partido dos Trabalhadores (PT) e os deputados Valdir Barranco (PT), Janaina Riva (MDB) e Carlos Avallone (PSDB) manifestaram nota de apoio às vítimas.

Fonte: gazetadigital


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