Sete integrantes do clube foram premiados com bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
Protagonismo juvenil, tecnologia e sustentabilidade são alguns dos temas trabalhados no Clube de Ciências Decolar, com os estudantes do Ensino Médio, da Escola Estadual José Aparecido Ribeiro, em Nova Mutum. Idealizado em 2019, o clube tem como objetivo possibilitar um espaço de iniciação científica, com projetos ligados ao desenvolvimento da comunidade escolar.
Orientado pela professora de física, Andreia Vaz Gomes, as atividades do clube são desenvolvidas uma vez por semana, no contraturno escolar. Os estudantes participam de oficinas pedagógicas, as quais contribuem para a construção dos projetos, como orientações para elaborar a parte escrita dos trabalhos e palestras com professores de outras áreas do conhecimento.
Por meio do clube, os estudantes participam de feiras científicas, que fomentam a divulgação de suas pesquisas. Ao longo das participações, sete integrantes do clube foram premiados com bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
A professora destaca que o clube trouxe novas oportunidades aos estudantes da unidade. “Eles criam expectativas que não faziam parte da realidade deles e isso, de tudo o que eu faço, junto de outros professores, é o que me deixa mais feliz. Por exemplo, uma estudante começou na horta, se interessou pela área e hoje está estudando na escola agrícola”, ressalta a educadora.
Gomes acrescenta que mesmo não estudando mais na unidade, alguns alunos fazem questão de continuar participando do clube. “Ciência e o Universo Feminino em Podcasts”, “Plantar para Colher o Futuro” e “Sol nossa maior fonte de energia”, são os principais projetos desenvolvidos pelo grupo.
Ciência e o Universo Feminino em Podcasts
Visando a divulgação das cientistas mulheres e seus feitos ao longo da história da humanidade, o projeto “Ciência e o Universo Feminino em Podcasts”, trabalha a biografia das pesquisadoras e produção de caricaturas. Produzido pelas estudantes Bianka Scheer Silveira, Gabriely Melo de Almeida e Julia Casagrande os trabalhos estão disponível no site do clube de ciências e também no Spotify.
A iniciativa está entre as finalistas na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE), programa de talentos que estimula a cultura científica, que acontece em formato virtual, via Youtube, entre 14 e 26 de março.
Sol Nossa Maior Fonte de Energia
Para evitar problemas relacionados a falta de energia durante a estiagem foi criado o projeto “Sol Nossa Maior Fonte de Energia”, que buscou fazer um levantamento das possibilidades de instalar energia fotovoltaica na unidade de ensino. A ação mobilizou pesquisa de campo e análise do histórico de contas de energia da escola, ressaltando a importância da energia renovável ao meio ambiente.
Plantar para Colher o Futuro
Rúcula, alface, coentro, tempero verde e chás são alguns dos alimentos cultivados pelos estudantes na horta do projeto “Plantar para Colher o Futuro”. Todo o trabalho é realizado em grupo e visa praticar a produção sustentável de hortaliças e verduras, com o reaproveitamento da água da limpeza da piscina e técnicas agrícolas sem uso de pesticidas e agrotóxicos.
Por meio da Coordenadoria De Educação do Campo e Quilombola, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT), destinou cerca de 6,5 mil reais para compra de materiais como enxadas, rastelos e carriola, que contribuiu para a manutenção da horta.